11o Seminário de Iniciação Científica - SIC

De 30/11/-1 à 30/11/-1

Os avanços do conhecimento geométrico de acordo com os níveis de Van Hiele em uma escola do ensino fundamental de Joinville após os parâmetros curriculares nacionais

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Geometria, PCN, Van Hiele

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (1996) trouxeram mudanças significativas na forma como a geometria deve ser inserida nos currículos de matemática. Ao invés desses conteúdos serem apresentados no final do ano letivo, fazendo com que os professores, muitas vezes, não tenham tempo de ministrá-los, esses devem estar interligados a outras áreas da matemática, como a álgebra e a aritmética. Por esta razão, o objetivo desta pesquisa foi diagnosticar os avanços no pensamento geométrico dos alunos da 8ª série em relação aos alunos da 5ª série de uma escola pública de Joinville, cuja proposta pedagógica é baseada nos PCN (1996). Nessa instituição de ensino foi aplicado o teste de Van Hiele, teste que permite diagnosticar o nível de conhecimento geométrico dos sujeitos, primeiramente na turma da 5ª série, e posteriormente na turma da 8ª série. Segundo a teoria de Van Hiele, os cinco níveis pelo qual o aluno deve passar no processo de aprendizagem da geometria são: visualização, análise, dedução informal, dedução formal e rigor. Após a aplicação dos testes, foi feita a análise dos resultados, na qual puderam-se verificar quais os níveis de conhecimento alcançados em cada uma dessas séries e então comparar os resultados alcançados. De acordo com esta análise, houve um pequeno avanço do conhecimento geométrico da 8ª série em relação ao da 5ª série. Foi possível perceber que os alunos entram na 5ª série sem conseguir ao menos distinguir as figuras como o triângulo e o quadrado, apenas pela sua visualização, e saem da 8ª série conseguindo fazer apenas isso, o que os caracteriza ainda no primeiro nível de conhecimento geométrico segundo a Teoria de Van Hiele. Muitos alunos da 8ª série sabem reconhecer as figuras geométricas, mas poucos sabem defini-las e enunciar suas propriedades de modo a diferenciá-las das outras figuras parecidas. Os resultados desta investigação levantam sérias questões sobre o ensino-aprendizagem da geometria. É necessário e urgente que se tome providências, na formação inicial e continuada de professores, para que o nosso aluno possa apropriar-se do conhecimento geométrico e compreender, descrever e representar o mundo em que ele vive, utilizando habilidades como a percepção espacial, a leitura e a utilização de mapas, de plantas e ainda a utilização de escalas.

Apoio / Parcerias: FAP-Univille

ISSN: 1807-5754