11o Seminário de Iniciação Científica - SIC

De 30/11/-1 à 30/11/-1

Influência de diferentes tratamentos químicos na morfologia e na estabilidade térmica de fibras de palmito pupunha.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: fibra vegetal, palmito pupunha , tratamento

A agroindústria da região de Joinville caracteriza-se pela produção de banana e arroz, sendo que a cultura de palmito pupunha está em ascensão. Durante a extração do palmito, ocorre a geração de grande quantidade de resíduos, tais como o caule, o pseudocaule e as folhas. A oportunidade de agregar valor a esses resíduos, motivou o grupo a realizar ensaios, visando aplicá-los em compósitos do tipo resina de poliéster/fibra vegetal, em substituição à fibra de vidro, sendo este muito utilizado no desenvolvimento de produtos. Porém em resíduo, é de difícil reaproveitamento, além de ser altamente tóxico às pessoas que o manipulam e pode ocasionar várias doenças respiratórias. A utilização de fibras naturais que substituam a fibra de vidro pode ser uma alternativa viável na geração de produtos. Este trabalho apresenta a influência de diferentes tratamentos químicos nas fibras das folhas do palmito pupunha e seu reflexo sobre a morfologia e a estabilidade térmica dessas fibras. As fibras foram obtidas a partir da raspagem das folhas, posteriormente cortadas em comprimento de 25mm e secas à temperatura ambiente em local arejado. Em seguida receberam tratamentos com NaOH 5% m/v por 72h, acrilonitrila 3% v/v por 72h e H2O2 20V por 144h com agitação. Para os três tratamentos foram retiradas amostras a cada 24h. As micrografias mostraram claramente o efeito do tempo de exposição das fibras ao reagente. Após 48h foi possível observar as células de parênquima envolvendo as fibras. Essas células foram praticamente removidas após 72h quando tratados com NaOH. As curvas de análise termogravimétrica (TGA) e a primeira derivada das fibras de pupunha tratadas com NaOH mostrou 3 estágios de degradação, sendo o primeiro referente à água, com temperatura máxima em torno de 70 °C e cerca de 7,9% de perda de massa, com o segundo e terceiro estágios atribuídos à fibra de pupunha. Observou-se que o tratamento não alterou de forma significativa a temperatura de início de degradação térmica, nem a temperatura máxima de degradação da fibra. As análises de MEV e TGA de amostras coletadas a cada 24h apontam a decapagem das fibras a partir de 72h e que os tratamentos não alteram significativamente a degradação térmica das fibras.

Apoio / Parcerias: CNPq FAP-Univille

ISSN: 1807-5754