11o Seminário de Iniciação Científica - SIC

De 30/11/-1 à 30/11/-1

Estimativa das taxas de erosão de margens fluviais, para a bacia hidrográfica do Rio Pirabeiraba, SC.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Erosão, Margens fluviais, Modelagem espacial de erosão de margens fluviais

O Canal do Palmital, é o compartimento da Baía da Babitonga que mais recebe aporte fluvial, destacando-se sua margem oeste. Dentre as 10 bacias hidrográficas contribuintes nessa margem, o presente estudo ressalta a bacia hidrográfica do Rio Pirabeiraba, que possui área de cerca de 5.820ha e, aproximadamente, 80km de extensão de malha hidrográfica. Essa bacia está sendo utilizada como unidade piloto, na aplicação de técnicas de geoprocessamento para construção de modelo de erosão de margens fluviais. Tal pesquisa, se realiza no âmbito do Programa Institucional Babitonga, vinculada ao Projeto “Aspectos geomorfológicos e dinâmica atual de geração e aporte sedimentar, no complexo hídrico da Baía da Babitonga”. Nesta etapa, o presente trabalho objetivou realizar determinações de taxas anuais de erosão de margens, a partir de obtenção de parâmetros de vazão e carga sedimentar, aplicando-se métodos de regionalização em ambiente de sistema de informação geográfica, conforme proposto pelo modelo espacial SEDNET. Nos procedimentos metodológicos utilizou-se o programa Arc View 8.1™ e material cartográfico em escala de 1:50.000, os quais permitiram a geração de modelo numérico de terreno (MNT) por triangulação irregular. Este MNT consistiu na base da análise e derivação de dados topográficos. Considerou-se área mínima de 60ha para delimitar as sub-bacias, a partir dessas derivações. Estas sub-bacias, consistem na unidade de regionalização de dados de precipitação e vazão, bem como na unidade para leitura do estado da mata ciliar. Através do portal de informações da Agência Nacional de Águas, obteve-se as séries temporais de doze estações pluviométricas da região. Calculou-se a média anual de precipitação para cada estação, as quais foram interpoladas espacialmente, pelo método polinomial local. Em seguida, foram determinadas a média anual de descargas fluviais, as descargas de inundação sobre margens, e a equação de erosão de margens fluviais. De forma geral, a taxa média de erosão está em 0,30 m/ano. Nas microbacias localizadas a montante, a taxa de erosão foi nula, associada à presença de densa mata ciliar. Nas porções de média encosta à planície, a taxa variou entre 0,40 a 0,60 m/ano, alcançando valores superiores a 1,5 m/ano, apenas na microbacia adjacente ao estuário. No entanto, tais estimativas deverão ser analisadas e confrontadas aos dados medidos em campo, de forma a calibrar e ajustar as regras que descrevem o modelo proposto, afim de possibilitar seu refinamento e consequente aplicação, nas bacias hidrográficas adjacentes.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

ISSN: 1807-5754