11o Seminário de Iniciação Científica - SIC

De 30/11/-1 à 30/11/-1

Análise comparativa do assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (Linneus, 1758) em dois tipos de coletores na praia da Enseada, São Francisco do Sul, Santa Catarina.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: mitilicultura, assentamento , Enseada

A maricultura constitui, atualmente, um dos setores produtivos do estado de Santa Catarina, tendo a mitilicultura ou o cultivo de mexilhões relevância nesta produção de organismos marinhos. Entretanto, esta expansão levou à extração generalizada das sementes de mexilhões Perna perna nos costões rochosos, causando grande impacto aos estoques naturais. A utilização de coletores artificiais de larvas é uma alternativa para o promover um desenvolvimento sustentável da mitilicultura. O presente estudo teve como objetivo contribuir em melhorar a oferta de sementes do mexilhão P. perna, utilizando e comparando o assentamento de larvas entre dois tipos de coletores de larvas desta espécie. Para tanto, nas áreas de cultivo na praia da Enseada (São Francisco do Sul, SC), foram instalados no período de junho/2005 a janeiro/2006, dois tipos de coletores, um denominado de “Árvore-de-Natal” e “Canadense”, sendo este já utilizado pelos produtores da região norte catarinense. Cada coletor possuía 1m de comprimento, fixados horizontalmente na superfície entre dois cabos das estruturas flutuantes de cultivo ou long-lines duplos. Foram realizadas três séries de experimentação, a primeira denominada de “série curta”, com instalação dos coletores a cada 15 dias e retirada após 1 mês. A segunda série ou “série longa” foi instalada a cada 30 dias e retirados a cada 3 meses. A terceira série ou “extra” foi instalada a cada 60 dias e retirada a cada 6 meses. Cada experimento possuía cinco coletores de cada um dos dois tipo. Após retirados da água, os coletores eram colocados em sacos individuais, identificados por etiquetas e levados ao laboratório onde foram conservados congelados em freezer. Após, estes eram lavados, as sementes retidas em peneiras, armazenadas em potes plásticos com álcool 70% e posteriormente contadas em placas de Petri sob lupa. Para os coletores do tipo Canadense, na “série curta” foi observada uma média de 437,8 larvas por coletor e , para a mesma série, nos coletores do tipo Árvore-de-Natal obteve-se uma média de 1074,8 larvas por coletor. Na “série longa” a média de larvas fixadas foi de 1107 no tipo Canadense e 1609 no tipo Árvore-de-Natal. Para a série extra, foi observada a média de 2629 e 5651,5 larvas por coletor para o tipo Canadense e Árvore-de-Natal, respectivamente. Os resultados indicaram que o coletor do tipo Árvore-de-Natal obteve maior sucesso na fixação de larvas de mexilhões da espécie P. perna na maioria das amostragens realizadas.

Apoio / Parcerias: CNPq, FAP/UNIVILLE, UFSC, EPAGRI, Sr. Almir (produtor do Iperoba, São Francisco do Sul).

ISSN: 1807-5754