11o Seminário de Iniciação Científica - SIC

De 30/11/-1 à 30/11/-1

Escore de Risco de Khan e Estimativa de Sobrevida em Pacientes em Hemodiálise (HD)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise, Comorbidades

A sobrevida dos pacientes em terapia de substituição renal (TSR) é influenciada por múltiplos fatores, tais como idade, doenças coexistentes e a técnica utilizada. Apesar dos avanços na terapia dialítica, as taxas de mortalidade na TSR permanecem acentuadamente elevadas. Estudos prévios tem tentado estimar a sobrevida desses pacientes, baseados na existência de comorbidades ao início da hemodiálise. Khan e cols (1993) elaborou uma estratificação de risco capaz de predizer a sobrevida em 2 anos em alguns centros. Conduzimos um estudo retrospectivo visando verificar a reprodutibilidade deste escore em nosso meio. O objetivo da pesquisa foi avaliar a reprodutibilidade da estratificação de risco de Khan (Lancet, 341:1993) para estimativa de sobrevida de 2 anos em pacientes em HD. Identificamos todos pacientes que iniciaram diálise no período de 29/03/1999 a 24/08/2004 na Clínica de Nefrologia de Joinville, uma unidade satélite de hemodiálise. Foram excluídos aqueles com história prévia de diálise em outro local e os que perderam o seguimento. Registramos idade e comorbidades ao início da terapia de substiuição renal e estratificamos conforme Khan. A mortalidade observada por grupo foi comparada com os valores esperados (qui-quadrado) e a sobrevida actuarial foi determinada pelo método de Kaplan-Meier comparando as curvas pelo teste de long-rank. De 41 pacientes, 4 foram excluídos (óbito < 3 meses). Os resultados de sobrevida de 2 anos são (risco: observada, esperada, n, p): baixo: 100%, 87-94%, 15, ns; médio: 66,7%, 69-71%, 12, ns; elevado: 25,7%, 43-49%, 10, p=0,01 (RR 1,43, IC 1,10-1,87). A sobrevida observada entre os grupos de risco mostra diferença significativa (p=0,0041). A estratificação de riscos de Khan foi reprodutível nos grupos de risco baixo e médio. No grupo de risco elevado observamos um mortalidade maior que a esperada, sugerindo que, em nosso meio, essa ferramenta pode não ser adequada.

ISSN: 1807-5754