15º Seminário de Iniciação Científica

De 18/10/2010 à 22/10/2010

Degradação de poliuretano por Pleurotus djamor

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Biodegradação, Pleurotus djamor, Poliuretano

O gênero Pleurotus, juntamente com outros fungos, formam um grupo denominado de “fungos de podridão branca”, por produzirem um micélio branco e degradarem tanto a lignina como a celulose. Para tanto, possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único com enzimas como celulase, ligninase, celobiase, lacase e hemicelulase que fazem com que estes fungos degradem uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos e resíduos orgânicos. Recentemente, estudos de biodegradação de poli-tereftalato de etileno (PET) e poliuretano (PU) com espécies do gênero Pleurotus vêm sendo realizados. A biodegradação dos polímeros depende não somente de sua estrutura molecular, mas também do comprimento da cadeia polimérica, do grau de cristalinidade do polímero e da complexidade da fórmula. Fungos podem agir sobre a superfície polimérica por deposição de material extracelular ou as hifas podem penetrar no material polimérico e provocar diminuição de sua estabilidade mecânica. Assim sendo, este trabalho objetivou estudar a capacidade de degradação de poliuretano por Pleurotus djamor e foi verificada através de cultivo onde a principal fonte de carbono do meio era o poliuretano. O experimento foi realizado em placas de Petri contendo micélio fúngico crescido sobre meio TDA (Extrato de trigo, dextrose e ágar) onde uma massa conhecida e pasteurizada de poliuretano foi colocada sobre o micélio. As placas foram incubadas a 30ºC por 150 dias. A cada 60 dias o material foi regado com 5 mL de extrato de trigo, previamente esterilizado, para suprir a deficiência de nitrogênio no processo. Passados os 150 dias, o material foi lavado, seco e a perda de massa foi calculada. Em seguida o material parcialmente degradado foi exposto à intempérie e será avaliado após 90 e 150 dias. Verificou-se 1,73% de perda de massa de poliuretano após 150 dias de degradação por P. djamor, em condição onde a principal fonte de carbono era o poliuretano. O experimento à intempérie está em execução.

Apoio / Parcerias: Governo do Estado de Santa Catarina através do Artigo 170.

ISSN: 1807-5754