15º Seminário de Iniciação Científica

De 18/10/2010 à 22/10/2010

Biorremediação de efluente têxtil por fungos do gênero Pleurotus

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Efluente têxtil, Corantes, Pleurotus

Por movimentar boa parte da economia do país devido à alta demanda de artefatos, a indústria têxtil brasileira tem necessitado, cada vez mais, de grandes quantidades de água inerentes ao seu processo produtivo. Consequentemente, grandes volumes de efluente têm sido gerados e descartados no meio ambiente, causando inúmeros problemas de contaminação e poluição dos recursos hídricos, principalmente, devido à presença de corantes e outros compostos recalcitrantes provenientes do processo. A remoção desses compostos, dos rejeitos industriais, é um dos grandes problemas ambientais enfrentados pelo setor têxtil, sobretudo considerando que os corantes não pertencem a uma mesma classe de compostos químicos, mas englobam diversas substâncias com grupos funcionais diferenciados. . A biodegradação por diferentes microrganismos constitui uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente e economicamente viável. Os caminhos atuais da biotecnologia indicam fungos basidiomicetos degradadores de lignina, como eficientes na degradação de grande variedade de compostos e de corantes, com alto potencial de ação na recuperação de ambientes contaminados. Enzimas como lignina peroxidase, manganês peroxidase e laccase são produzidas por estes fungos e há evidências de que as mesmas são responsáveis pela fragmentação inicial da lignina e de diversos compostos recalcitrantes. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a descoloração de efluentes têxteis por Pleurotus ostreatus e Pleurotus sajor caju, bem como avaliar a atividade das enzimas laccase e manganês peroxidase. Os ensaios foram realizados com amostras de efluentes (bruto e tratado) de uma indústria têxtil da região de Joinville. Em frascos Erlenmeyers de 250 ml foram adicionados 100 ml de efluente e 10 g/L de glicose, e em outros frascos foram adicionados 100 ml de efluente, 0,25 g/L de (NH4)SO4, 0,1 g/L K2HPO4 e 10 g/L de glicose. Todos foram autoclavados a 121°C, por 20 minutos e, então, inoculados com dois discos de 1 cm de diâmetro contendo o micélio da espécie fúngica avaliada. Os testes foram realizados em duplicada para cada um dos microrganismos selecionados. Os frascos foram incubados à temperatura de 30°C, agitação recíproca de 120 rpm, por 12 dias. Foram colhidas amostras no tempo 0 e após 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias de incubação, para avaliação do crescimento micelial, consumo de glicose, degradação de corantes e atividade enzimática. Contudo, espera-se uma boa eficácia da biodegradação deste tipo de efluente, principalmente, com relação a descoloração; e a definição da melhor condição para a decomposição do corante por Pleurotus bem como o microrganismo mais eficiente.

ISSN: 1807-5754