15º Seminário de Iniciação Científica

De 18/10/2010 à 22/10/2010

Estudo da incorporação de resíduo de madeira e aditivos na matriz de poli(l-ácido láctico) no desenvolvimento de biocompósitos

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biocompósitos, resíduo de madeira, PLLA

A introdução de novos polímeros no mercado requer preços competitivos e comparáveis ou que apresentem melhores e similares propriedades mecânicas em relação aos polímeros sintéticos convencionais. As fibras naturais podem atuar como carga ou reforço em matrizes poliméricas biodegradáveis, enquanto os agentes de acoplamento propiciam melhor interação entre a matriz e fibra, podendo resultar em materiais biocompósitos com elevado potencial na substituição de polímeros petroquímicos. Os lubrificantes, como aditivos poliméricos, auxiliam no processamento de materiais. Portanto, os biocompósitos devem atender as expectativas de mercado, tanto no requisito de custo mais baixo, como também de boas propriedades e fácil processamento. Outro fator muito importante é que os polímeros biodegradáveis e as fibras são originados a partir de recursos renováveis que contribuem para menor impacto ao meio ambiente. Neste trabalho, a incorporação de resíduo de madeira (RM) e agente de acoplamento, o diisocianato (MDI), na matriz de um polímero totalmente biodegradável poli (L-ácido láctico) (PLLA) foi estudado, assim como, foi avaliada a influência de um agente lubrificante, o struktol®, no processamento e propriedades dos biocompósitos. Para tal, misturas de PLLA/RM de 0, 20, 30 e 40% em massa de RM sem e com adição de 10% e 5% em massa de MDI e struktol®, respectivamente, foram processados por extrusão seguida de injeção a 190 ºC. Os biocompósitos foram avaliados quanto às propriedades mecânicas, morfologia e densidade. A resistência à tração dos biocompósitos aumentou com a adição do MDI, sendo que para o biocompósito com 40% de RM ocorreu um aumento de 30%, indicando a ação do MDI como agente de acoplamento. O isocianato não influenciou significativamente os valores de módulo de Young até 30% RM na matriz. As propriedades mecânicas não foram favorecidas com a adição do agente lubrificante, struktol®. Micrografias revelaram o RM bem disperso na matriz. Para o PLLA sem e com a presença de aditivos não ocorreu variação significativa da densidade. Os biocompósitos com 40% de RM apresentaram um incremento na densidade de 7% quando comparados ao PLLA puro. De maneira geral, não ocorreu aumento significativo da densidade dos biocompósitos.

ISSN: 1807-5754