15º Seminário de Iniciação Científica

De 18/10/2010 à 22/10/2010

Degradação de polímeros em ambiente estuarino (Baía da Babitonga – SFS - SC)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: degradação, oxidegradáveis, Baía da Babitonga

Algumas atividades humanas são responsáveis por um grande declínio da diversidade biológica do mundo. Nos oceanos, as ameaças à vida marinha ocorrem de várias formas, tais como super exploração dos recursos naturais, despejo de resíduos, poluição, introdução de espécies exóticas, dragagens e alterações climáticas globais. Uma forma particular de impacto humano constitui grande ameaça à vida marinha: a poluição causada por detritos plásticos. Esta é uma das mais difundidas e abundantes formas de poluição marinha. Tais detritos acabam sendo ingeridos por variados organismos marinhos, incluindo as aves, mamíferos e peixes. Os plásticos são leves, duráveis e baratos. Características que os tornam adequados para a fabricação de uma vasta gama de produtos. Contudo, essas mesmas propriedades são as razões pelas quais os plásticos são um perigo para o meio ambiente: baratos e resistentes à degradação. Nesse contexto, há diversas opções para a minimização dos problemas causados pelos resíduos plásticos. A utilização de materiais poliméricos biodegradáveis para a produção de itens de rápido descarte, como embalagens é uma opção. Há também estudos sobre a viabilidade da utilização dos plásticos oxidegradáveis. De modo geral os plásticos biodegradáveis possuem degradação mais rápida em relação aos à base de petróleo. No entanto, em ensaios de biodegradabilidade são utilizados ambientes propícios à degradação, com temperaturas e aeração favoráveis. Já o ambiente marinho é mais frio, e muitos bioplásticos compostáveis tem a degradação desacelerada, principalmente em profundidades maiores.O objetivo do trabalho foi observar a degradação de amostras de embalagens de PEAD (polietileno de alta densidade) comercial contendo aditivos pró-degradantes em ambientes de estuário, na Baía da Babitonga, em diferentes alturas de coluna d’água. As amostras foram acondicionadas em lanternas de cultivo de moluscos e, as amostras retiradas periodicamente para verificação visual da degradação. Posteriormente os efeitos da degradação termo-oxidativa serão avaliados por análises de TGA (termogravimetria), DSC (calorimetria exploratória diferencial) e FTIR (espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier). A análise visual mostrou que as amostras expostas ao ambiente após seis meses não apresentavam sinal de degradação ou fragmentação. As análises de DSC, TGA e FTIR estão em andamento.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1807-5754