15º Seminário de Iniciação Científica

De 18/10/2010 à 22/10/2010

Avaliação da adição de diferentes quantidades de cafeína na formulação do bioinseticida Bti-Univille – Bioensaios e Ensaios Ecotoxicológicos. Resultados preliminares.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade, bioinseticida, cafeína

Visando a substituição de inseticidas químicos, que apresentam vários efeitos negativos ao meio ambiente e ao homem pelo seu uso excessivo, começaram a surgir pesquisas na busca de novas alternativas de controle de insetos. O larvicida a base de Bacillus thuringiensis variedade israelensis (Bti) tem sido normalmente utilizado no mercado, substituindo os inseticidas químicos. O bacilo produz no momento de sua esporulação proteínas conhecidas como delta-endotoxinas, tóxicas para as larvas de mosquitos. O uso do Bti se mostra muito efetivo, porém não desprovido de falhas. Para que o efeito sob o controle dos insetos seja efetivo, é necessária a melhoria constante dos produtos no mercado. A adição de cafeína na formulação do bioinseticida Bti é uma alternativa interessante na busca de maior efetividade nos resultados de controle de mosquitos, pois estudos demonstram que esta substância altera a produção das esterases no organismo das larvas. Essas enzimas estão envolvidas em funções vitais do mosquito. No entanto é necessário conhecer os efeitos do produto formulado para o inseto alvo (dose letal - DL50) como também sua concentração crítica de ecotoxicidade (CEC) observando também os efeitos deste produto no ecossistema local. Neste trabalho, determinou-se a DL50 e a CEC do produto fermentado (processo semicontínuo com corte de 60%) formulado com diferentes quantidades de cafeína. Para os testes de DL50 foram utilizadas larvas de Aedes albopictus seguindo metodologia proposta por Draft (1999). Para os testes de ecotoxicidade, os organismos bioindicadores Daphnia simillis e Euglena gracilis foram empregados utilizando metodologias definidas pela NBR12713 e por Häder (2009), respectivamente. As concentrações de cafeína utilizadas foram 5,10 e 15 mg/L. Com os resultados obtidos destas formulações percebeu-se uma diminuição do valor da DL50 a medida que a concentração de cafeína aumentava, sendo o melhor valor alcançado com a formulação que continha 15mg/L de cafeína (DL50 = 1,94 mg/L). A concentração crítica de ecotoxicidade alcançou valores na ordem de 0,01g/L para D. similis. Estes resultados mostram que mesmo sendo um produto altamente tóxico para larvas de mosquitos, o produto pode ser aplicado em rios e riachos sem comprometer o desenvolvimento de outras espécies. Os testes com E. gracilis ainda se encontram em fase de acabamento.

Apoio / Parcerias: FAPE

ISSN: 1807-5754