7º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 16/05/2011 à 20/05/2011

Avaliação da produção de enzimas lignocelulolíticas por fungos do gênero Pleurotus

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, enzimas, cultivo sólido e submerso

Fungos da classe dos basideomicetos são decompositores eficientes do material lignocelulósico presente nos resíduos agro-industriais, devido à sua habilidade em sintetizar enzimas hidrolíticas e oxidativas ligninolíticas, responsáveis pela degradação da celulose, hemicelulose e lignina. Dentre os fungos da classe do basideomicetos, destacam-se os do gênero Pleurotus por apresentarem propriedades gastronômicas, nutricionais e medicinais e aplicações biotecnológicas e ambientais. Este trabalho propôs o estudo da produção e das características das enzimas lignocelulolíticas produzidas por fungos do gênero Pleurotus em fermentação sólida e submersa, utilizando como substrato folhas de bananeira ou de casca de banana. Nos experimentos em cultivo sólido, a produção das enzimas lacase, celulase, manganês peroxidase, carboximetilcelulase e xilanase foi estudada cultivando Pleurotus sajor-caju e Pleurotus ostreatus em uma mistura de palha de folhas de bananeira e casca de banana, na proporção 2:1. Ambos os fungos não apresentaram atividade significativa das enzimas celulase e carboximetilcelulase. Contudo, a espécie P. sajor-caju apresentou maior atividade para as demais enzimas (454 U/L para lacase, 155 U/L para manganês peroxidase e 295 U/L para xilanase) que P. ostreatus. As enzimas lacase e manganês peroxidase foram expressas no início do cultivo enquanto xilanase foi expressa no final do cultivo. Em cultivo submerso, a produção de enzimas por P. ostreatus e P. sajor-caju foi avaliada em dois diferentes meios de cultivo: (a) água liberada pela umidificação da palha de bananeira + 40 g/L de pó de casca de banana e (b) uma mistura da água liberada pela umidificação da palha de bananeira e da água liberada pela umidificação de cascas de banana em 2:1 + 40 g/L de pó de palha de bananeira. Para P.sajor-caju e P. ostreatus a enzima que apresentou maior atividade foi a lacase, sendo que os maiores valores foram obtidos no nono dia para ambos os cultivos. O valor máximo de atividade da enzima lacase no primeiro cultivo foi de 1057±99,13 U/L para P.sajor-caju e 3588±328,24 U/L para P.ostreatus. Os valores de atividade da lacase obtidos no segundo ensaio foram de 343±8,41 U/L para P. sajor-caju e 257±4,44 U/L para P. ostreatus, sendo esses valores inferiores aos obtidos com o primeiro cultivo. A enzima xilanase apresentou atividade somente no primeiro cultivo e o maior valor também foi obtido no nono dia, sendo 544±3,52 U/L para P. ostreatus e 540±1,11 U/L para P. sajor-caju. Não foi detectada atividade das enzimas celulase, manganês peroxidase e carboximetilcelulase nos dois cultivos realizados.

Apoio / Parcerias: FAPESC FAP - UNIVILLE

ISSN: 1808-1665