Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville
Palavras-chave: Humanização da Assistência, Educação Médica, Relações Comunidade-Instituição
Introdução: Os projetos de extensão constituem uma estratégia de ensino-aprendizagem que possibilita aos estudantes a vivência de diversos aspectos da prática médica de modo supervisionado dentro do ambiente acadêmico, propiciando reflexão crítica e construção de uma identidade profissional. O desenvolvimento humanístico durante a formação é uma diretriz nacional dos cursos médicos, podendo ser promovido em projetos de extensão cuja temática central seja a humanização do cuidado à saúde, tal como o Palhaçoterapia. Criado há 7 anos, conta com estudantes voluntários que realizam visitas semanais a um hospital pediátrico, usando técnicas artísticas circenses e teatro clown para estabelecer uma aproximação com as crianças hospitalizadas, pais e profissionais de saúde.
Objetivos: Relatar a experiência de estudantes de Medicina que integram o projeto Palhaçoterapia a respeito da contribuição para sua formação.
Métodos: Estudo qualitativo transversal realizado com 10 estudantes participantes do projeto em 2009. O instrumento de coleta de dados consistiu de um questionário semi-estruturado, abordando a motivação para participar do projeto, o impacto sobre aspectos relacionais dos estudantes, a contribuição para a formação e as dificuldades. A análise de conteúdo permitiu identificar unidades de significado.
Resultados: A proposta humanística do projeto foi a principal razão relatada pelos estudantes para participar, aliada à aprendizagem pessoal e a alegria propiciada às crianças. As contribuições para a formação foram a melhoria da relação médico-paciente, o aperfeiçoamento da comunicação com a família e com os profissionais de saúde, o desenvolvimento de atividades em grupo e a organização do tempo. As principais dificuldades foram atuar como palhaço e carga horária excessiva de aulas.
Conclusões: Os relatos evidenciaram a importância do projeto para a formação. Os estudantes desenvolveram autoconfiança, valorizaram o trabalho em equipe e entenderam a importância do profissional mais humano e sensível. Pôde-se enxergar o paciente fora do contexto da "doença", observando-o holisticamente, incluindo sua história familiar e contexto social.
Apoio / Parcerias: Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria
ISSN: 1808-1665