7º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 16/05/2011 à 20/05/2011

Toxicidade crônica da região de aqüicultura da Praia do Capri – Baía da Babitonga/SC, com Mysidopsis juniae (SILVA, 1979)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Toxicologia Ambiental, Baía da Babitonga, Mysidopsis juniae

Este trabalho desenvolvido no laboratório de toxicologia ambiental da Univille – São Francisco do Sul teve por objetivo avaliar a toxicidade crônica de amostra composta de água da área de aquicultura do Capri, considerada um local ameaçado em função das intensas atividades antrópicas no entorno da Baía da Babitonga. Para tanto, utilizou-se Mysidopsis juniae como organismo-teste, cultivado em laboratório, de acordo com a norma ABNT NBR 15308/2005. Durante a coleta da água de superfície do ponto de amostragem, foram medidos parâmetros físico-químicos (salinidade, temperatura, OD, pH, condutividade e TDS), com o auxílio de sonda multiparâmetro. Os organismos teste foram submetidos a três situações: teste de sensibilidade Dodecil Sulfato de Sódio (DSS), teste controle (apenas com água marinha reconstituída) e teste com a amostra (água da área de aquicultura). O teste de sensibilidade foi realizado ao longo dos 51 dias de teste, totalizando 7 análises. Ambos os testes, controle e amostra foram realizados em triplicada. Oitenta Mysidopsis juniae foram colocados em cada um dos aquários de 3L. Semanalmente, junto com a limpeza e a troca da água dos aquários, foram feitas leituras dos parâmetros físico-químicos do teste crônico e parâmetros biológicos: sobrevivência (contagem dos organismos), natalidade (contagem dos filhotes) e biometria (medida do comprimento parcial), com auxílio de microscópio estereoscópico com lente graduada calibrada. Os resultados dos parâmetros físico-químicos de OD e pH estiveram em desacordo com o que preconiza a resolução CONAMA 357/2005, para águas salobras de classe 1 a qual pertence o ponto de amostragem, e os resultados dos parâmetros biológicos mostraram que a sobrevivência dos organismos até o 29° dia apresentou comportamento semelhante no controle e na amostra, sem diferença significativa, no entanto após este período a sobrevivência foi significativamente menor na amostra. A natalidade na amostra não apresentou diferença significativa em relação ao controle, apesar de ter sido menor. Quanto à biometria, a média das medidas dos organismos no controle foi de 3,73mm e na amostra 3,42mm, apresentando diferenças significativas com p < 0,05. Dessa forma, é possível concluir que a amostra da área de aquicultura do Capri apresenta efeitos tóxicos crônicos sobre Mysidopsis juniae, demonstrando assim que esse tipo de avaliação é eficaz na geração de informações no tocante a efeitos tóxicos que não são possíveis de identificar em ensaios de curta duração, sendo de grande relevância para a determinação de avaliações para a prevenção de doenças consideradas ambientais e de difícil detecção.

Apoio / Parcerias: FAP -Fundo de Apoio à Pesquisa - Univille

ISSN: 1808-1665