16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Estudo sobre métodos de extração de fibras vegetais com vistas a aplicação em polpa de papel reciclado.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Extração, Fibras vegetais, Papel reciclado

A região de Joinville possui potencial agro-industrial, destacando-se a produção de arroz,banana, e palmito pupunha que geram consideráveis quantidades de resíduos com alto teor de fibras, porem sem uso nobre. Como alternativa para agregar valor ao resíduo de pupunheira, este trabalho avaliou o efeito de diferentes processos de extração das fibras sobre suas propriedades mecânicas, e como sua incorporação em polpa de papel branco repercutiu na propriedade mecânica Índice de tração (IT). Na obtenção de fibras longas foi realizada a redução de massa das bainhas, extraindo gomas e resinas, testando o cilindro de massas e a cocção das fibras,em seguida foram fatiadas e raspadas até sua extração. Dessa forma, obtiveram-se as fibras denominadas, fibra longa de raque foliar (FLR) ea fibra longa de bainha de pupunha (FLP) as quais foram denominadas de acordo com método de extração particular e o tempo de imersão, ou seja, M2_20d, M2_29d e M3. Para fibras curtas, as bainhas passaram pelas etapas de desinfecção, cocção e polpação de acordo com método já definido pelo grupo.Para a confecção das folhas artesanais,verteram-seas polpas de papel e fibras de pupunheira na proporção 80/20, em massa, respectivamente em um recipiente com água e aglutinante. Suspendendo em uma tela, determinada quantidade de polpa para formar a folha, transferida para um feltro absorvente, com feltros finos entre folhas.As folhas foram empilhadas e prensadas a 10 t/cm2, seguida de outra a6 t/cm2; posteriormente secas ao natural.Para caracterização mecânica as amostras foram submetidas à ensaio de tração em uma máquina universal de ensaios EMIC DL 1000, célula de carga de 50 N, velocidade de 5 mm/spara as fibras e 500N, velocidade de 10 mm/s para as folhas.Os valores de resistência a tração,modulo de elasticidade e alongamento para cada amostra deFLPforam, respectivamente:M2_20d: 130 MPa, 3,0 GPa e 4,7%; M2_29d: 64MPa , 2,6 GPa e 3,2 % e para M3: 153 MPa, 3,6 GPa e 4,9% indicando que as fibras M3 são superiores as demais. Nos ensaios de tração das folhas artesanaisos valores de ITpara FPPL foram 24,2 N.m/g e alongamento 7,3%, em comparação com FLP: 1,4N.m/g e 1,9%, FLR: 2,6 N.m/g e 1,4%, Banana: 3,3 N.m/g e 2,7 % , Arroz : 2,3 N.m/g e 1,7 % e Polpa Branca: 13,31 N.m/g e 3,23 % destaca-se que FPPL pode ser considerado um reforço para o papel.

Apoio / Parcerias: Agradecimento ao CNPq

ISSN: 1807-5754