16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Estudo da capacidade de descolaração de corantes têxteis por fungos do gênero Pleurotus.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, Residuos agroindustriais, Corante têxtil

Efluentes gerados em grande volume pela indústria têxtil promovem preocupação ambiental, pois contêm corantes de difícil degradação. Fungos do gênero Pleurotus possuem um complexo enzimático lignocelulolítico capaz de descolorir e degradar diversos corantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de descoloração de três corantes têxteis, Remazol Brilliant Blue R, Violeta de Metila e Congo Red, por Pleurotus ostreatus cultivado em meio líquido na presença de resíduos agro-industriais da região (cascas de banana e folhas de bananeira). Foram avaliados três meios de cultivo: L1 (água de imersão de palha de folhas de bananeira e 150µM de CuSO4­­); L2 (água de imersão de palha de folhas de bananeira + cascas de banana, na proporção 2:1, m/m, e 150µM de CuSO4); e KIRK (KH2PO4 2g/L, MgSO4.7H2O 0,5g/L, CaCl2 0,1g/L, tartarato de amônio dibásico 0,5g/L, extrato de levedura 0,2g/L e glucose 10g/L). A concentração de corante utilizado em cada meio de cultivo foi de 50mg/L. O inóculo consistiu de dois discos de ágar de 12mm de diâmetro, contendo micélio fúngico, para cada 100mL de meio. Os cultivos foram realizados durante um período de 13 dias e amostras foram retiradas no 3º, 6º, 9º e 13º dia. Os sólidos foram separados por filtração e o filtrado foi utilizado na análise de absorbância e nos ensaios de quantificação da atividade enzimática da lacase. O meio L2 proporcionou maior percentual de descoloração (80% para o Remazol Blue e 64% para o Congo Red, ambos no 13° dia). O corante Violeta de Metila não apresentou percentual estatisticamente significativo de descoloração. A maior atividade de lacase obtida no meio L1 foi de 491±0 U/L para o corante Remazol Blue (6° dia) e 154±10 U/L para o corante Congo Red, no 9° dia. No meio L2 foi obtida a maior atividade no 9° dia (553±81 U/L) para o corante Remazol Blue e para o corante Congo Red no 6° dia, 221±13 U/L. No meio KIRK a máxima atividade enzimática, para os corantes Remazol Blue e Congo Red, ocorreu no 6° dia (1,84±0,59 U/L e 3,44±0,28 U/L, respectivamente), sendo esses valores muito inferiores aos obtidos com os dois cultivos anteriores. Não foi detectada atividade de lacase na presença do corante Violeta de Metila para todos os cultivos.

Apoio / Parcerias: CNPq; FAP; Governo do Estado de Santa Catarina.

ISSN: 1807-5754