16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Utilização da bainha e folhas de pupunheira na produção de Pleurotus ostreatus

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, resíduos lignocelulósicos, pupunheira

A pupunheira ocorre naturalmente na região Norte do Brasil, e por cultivo controlado em diversas regiões do país, inclusive na região de Joinville (SC). No entanto, o cultivo e a extração de palmitos geram grande quantidade de resíduos e apenas uma pequena parte da biomassa é comercializada na forma de palmito em conserva (estimado em menos de 10% da palmeira), a maior parte dela permanece no solo após a extração. A incorporação ao solo de matéria orgânica não decomposta implica no processo de humificação, mobilizando intensa atividade microbiana, o que provoca temporariamente uma deficiência de nitrogênio, o qual é consumido pelos microrganismos em detrimento das plantas. Uma alternativa para o aproveitamento destes resíduos é sua utilização como substrato para a produção de cogumelos comestíveis. Juntamente com outros fungos, os do gênero Pleurotus formam um grupo denominado de “fungos de podridão branca”, por produzirem um micélio branco e degradarem tanto a lignina quanto a celulose. Para tanto, possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único com enzimas como celulase, ligninase, celobiase, lacase e hemicelulase que fazem com que estes fungos degradem uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos. Assim sendo, este trabalho objetivou, através de planejamento experimental, variando-se a fração de inóculo e de farelo de arroz (fonte de nitrogênio), definir a melhor condição de cultivo para Pleurotus ostreatus utilizando bainha e folhas da pupunheira (resíduos agroindustriais). Os corpos frutíferos da melhor condição de cultivo foram avaliados em termos de carboidratos, lipídeos, proteínas, fibras, fósforo e potássio. O substrato antes e após o cultivo foi avaliado da mesma forma que os corpos frutíferos. O substrato composto por bainha e folhas da pupunheira na proporção (1:1) suplementado com 2% de farelo de arroz e inoculado com 5% de inóculo foi o substrato selecionado pelo planejamento experimental. No substrato após o cultivo foi observado uma diminuição nos teores de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e cinzas em relação ao substrato antes do cultivo. Os corpos frutíferos de Pleurotus ostreatus apresentaram a seguinte composição: 8,5% de carboidratos, 26,7% de proteínas, 3,0% de gordura, 3,6% de fibras, 6,6% de fibras, 1,17% de P e 2,27% de K.

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPq

ISSN: 1807-5754