16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Utilização de Resíduo de Borracha de Pneu na Confecção de Compósito de Resina Poliéster

Palavras-chave: Resina , composito, pneu borracha

Os compósitos surgiram com o objetivo de suprir a necessidade de materiais com propriedades diversificadas que muitos dos materiais convencionais não apresentam, tais como leveza, resistência química e às intempéries, flexibilidade, durabilidade e resistência mecânica. Estes materiais são desenvolvidos através da combinação de dois ou mais componentes distintos, com o objetivo de alcançar uma melhor combinação de propriedades. Os compósitos comuns e utilizados são os constituídos por fibras de vidros, pois apresentando características como resistência à temperatura, além de rígidez, resistência química e às intempéries, sendo facilmente processados, permitindo em diferentes segmentos. Por outro lado, a fibra de vidro é um material de manuseio complexo, altamente tóxica, carcinogênica e considerada potencialmente perigosa à saúde humana por liberar partículas que são transportadas pelo ar e inaladas tanto na produção, como no uso e eliminação. Devido a estas características, este trabalho propõe uma alternativa para a utilização de resíduos de pneus, contribuindo para a diminuição da utilização da fibra de vidro, além de melhorar diversas propriedades a um custo inferior. O resíduo de pneu foi obtido de recapadoras da cidade. Para a obtenção das placas confeccionou-se compósitos de matriz de resina poliéster ortoftálica com incorporação de resíduos nas seguintes proporções (2 a 18%m/m) e 1,5%m/m de catalisador. Com os ensaios mecânicos foi possível verificar que após a adição de resíduo houve um aumento na flexibilidade, bem como diminuição da tensão na ruptura como da deformação de ruptura. No teste de absorção de água a 25ÚC a utilização de 2% de resíduo obteve resultados semelhantes quando comparado a resina pura. As demais porcentagens apresentaram uma absorção superior, não ultrapassando 0,75% de absorção. Em temperatura mais elevada (100ÚC), a absorção de água foi superior em ambos os casos, porém também não ultrapassando 0,9%. Pelas análises termogravimétricas (TGA) observou-se que a utilização de 2% de resíduo proporcionou um aumento na temperatura inicial de decomposição quando comparado apenas a resina pura, indicando que a utilização desta porcentagem de resíduo eleva a resistência térmica ao material. Para o teste de dureza foi observado um incremento quando utilizado 2% de resíduo, corroborando com os resultados obtidos pelo TGA. Os resultados indicam que estes materiais apresentam propriedades superiores a resina pura e apresentam potencial para serem aplicados nos diferentes setores da indústria plástica, além de estar associado ao emprego de um resíduo de difícil tratamento.

Apoio / Parcerias: Profª Dr.ª Ana Paula Testa Pezzin e a Prof.ª Andreia Lima dos Santos Schneider

ISSN: 1807-5754