16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Produção de Pleurotus ostreatus em bainha de pupunheira

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: pleurotus ostreatus, resíduo lignocelulósicos, pupunheira

O gênero Pleurotus, da classe dos Basidiomicetos, abriga cerca de 40 espécies, todas comestíveis e são conhecidos como cogumelo ostra, devido à sua forma. Juntamente com outros fungos, formam um grupo denominado de “fungos de podridão branca”, por produzirem um micélio branco e degradarem tanto a lignina como a celulose. Para tanto, possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único que fazem com que estes fungos degradem uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos. A espécie Bactris gasipaes H.B.K., também conhecida como pupunheira, vem sendo cultivada em diversas regiões do país, inclusive na região de Joinville (SC). É uma palmeira cespitosa (multicaule), que chega a atingir até 20m de altura. O diâmetro do estipe (tronco) varia de 15 a 25 cm e o comprimento dos entrenós de 2 a 30 cm. Também existem espécies com diferentes comprimentos da bainha, que é a parte que liga a folha ao estipe. O estipe, a bainha e as folhas permanecem no solo após a extração do palmito. Este procedimento promove o processo de humificação, que mobiliza intensa atividade microbiana, o que provoca temporariamente uma deficiência de nitrogênio, o qual é consumido pelos microrganismos em detrimento das plantas. Assim sendo, este trabalho objetivou definir a melhor condição de cultivo para Pleurotus ostreatus utilizando bainha da pupunheira. Para isso, aplicou-se um planejamento experimental, variando-se a fração de inóculo em 5, 10 e 20% e de farelo de arroz (fonte de nitrogênio) em 2, 5 e 10%. Os corpos frutíferos da melhor condição de cultivo foram avaliados em termos de carboidratos, lipídeos, proteínas, fibras, fósforo e potássio. O substrato antes e após o cultivo foi avaliado da mesma forma que os corpos frutíferos. O substrato suplementado com 2% de farelo de arroz e inoculado com 20% de inóculo foi o substrato selecionado pelo planejamento experimental. Os parâmetros produtivos da melhor fração apresentaram 57,11% de rendimento, 6,16% em eficiência biológica e 0,43% de perda de matéria orgânica, com tempo de colonização de 12,5 dias. Os teores de carboidratos obtidos foram de 9,39% para o corpo frutífero, 7,52% para o substrato inicial e 3,15% para o substrato final. As análises de proteína apresentaram valores de 19,31%, 3,84% e 3,33% para o corpo frutífero, substrato inicial e final respectivamente. As análises de fibra bruta, gordura, cinzas e minerais estão sendo finalizadas.

Apoio / Parcerias: CNPq/ FAP pelo financiamento do projeto; governo do estado de Santa Catarina pela bolsa de iniciação científica (PMUC).

ISSN: 1807-5754