O emprego de microrganismos no tratamento de efluentes e recuperação de áreas degradadas tem se mostrado uma ferramenta eficiente na remoção de poluentes. Desta forma, a pesquisa teve como objetivo avaliar a toxicidade do efluente têxtil de uma empresa de Joinville antes e após o tratamento convencional em ETE tratados pelos fungos Pleurotus ostreatus e Pleurotus sajor caju. Após a biodegradação o efluente foi submetido a testes de ecotoxicidade com o microcustáceo Daphnia similis em diferentes diluições, conforme NBR 12713. Para as análises estatísticas dos resultados utilizou-se o programa Trimmed Spearman-Karber. O efluente bruto sem a degradação apresentou toxicidade para D. similis, sendo que o valor de CL50 foi de 5,07%. O efluente tratado pela ETE, sem a degradação, não apresentou toxicidade para o mesmo organismo. Os testes realizados nas amostras degradas pelo P. sajor caju tanto no efluente bruto como tratado da ETE não apresentaram toxicidade para D. similis. Já os mesmos degradados pelo P. ostreatus apresentaram CL50 38,31% e CL50 44,37, respectivamente. Verifica-se, desta forma, que o tratamento realizado com o fungo P. sajor caju é viável. Os testes realizados com amostras de água da Baía da Babitonga que passaram por degradação por microrganismos isolados do próprio meio estão em andamento.