16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

Reavivar do fazer artesanal: desenvolvimento de um mostruário de técnicas artesanais e manuais trazidas com os colonizadores de Joinville/SC

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: técnicas manuais, identidade cultural, mostruário

A presente investigação tem como foco técnicas manuais e artesanais cujo objetivo é resgatar os traços culturais de artesania na região de Joinville. Como parte desse processo investigativo, podemos inferir que os primeiros descendentes da então colônia Dona Francisca , quando aqui chegaram, trouxeram seus pertences da Europa e, por alguns anos ainda, preferiam que seus vestuários e móveis viessem do seu local de origem. Dessa forma e, partindo das primeiras leituras cuja disponibilidade de referência procuramos aglutinar, foi possível verificar que esses imigrantes, em grande parte alemães, aqui chegando, tiveram muito trabalho e dificuldades para desbravar as terras da colônia, pois, ao contrário do que propunham na Europa, eram de mata fechada, originando muita mão de obra. Do pioneiro navio Colon ao navio Argentina, colonos aqui chegaram entre os séculos XIX e XX, sendo alguns apenas lavradores e outros futuros empreendedores. O que causa estranhamento é que a história deixa uma lacuna no que se refere às técnicas manuais e artesanais que foram trazidas com os imigrantes. Diante do que pudemos verificar, houve a presença de um Engenho de algodão, o qual Rodowicz (1992, p. 76) relata, em seu livro, ao relatar que na colônia o único a fazer uma tentativa de plantio de algodão havia sido o Sr. Günther, embora haja a existência de outros engenhos. Além disso, registros escritos apenas apontam para algumas profissões dos imigrantes que vinham nos navios, dentre elas a de tecelões, alfaiates, um cordoeiro e outros mais, na maioria lavradores. As primeiras informações que notificam a presença do artesanato, referem-se mais à olaria (não há data certa, apenas Ternes (1993, p. 73) menciona a olaria Poschaan localizada no final da Rua do Principe. Assim, podemos afirmar que uma pesquisa dessa natureza requer um tempo maior e a procura de novas referências – talvez na história oral – que os materiais bibliográficos disponíveis não dão conta de aprofundar e relatar. Investigações futuras podem demandar, em outras fontes, maiores conteúdos históricos, procurando abarcar outros aspectos da identidade cultural de Joinville.Nesse sentido, até o presente momento, o que temos como resultado, são esses conteúdos presentes na historiografia, bem como visitas realizadas ao Museu do Imigrante, onde foi possível verificar a presença de material artesanal pertencente a imigrantes desde 1957, disponíveis à visitação, que poderão servir de referência para os objetivos aos quais estamos nos propondo nessa investigação, ou seja, o desenvolvimento de amostras úteis às novas pesquisas.

ISSN: 1807-5754