16º Seminário de Iniciação Científica

De 17/10/2011 à 21/10/2011

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE COMPÓSITOS COM FIBRA VEGETAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Compósitos poliméricos, ensaios de fabricação, projeto de produto

Compósitos poliméricos termofixos de resina poliéster insaturada com diferentes proporções de fibras extraídas de resíduos do corte de pupunheira da região de Joinville/SC, são materiais desenvolvidos e caracterizados pelo Grupo de Pesquisa em Materiais Poliméricos da UNIVILLE. Em paralelo, o Grupo estuda a criação de uma metodologia de sistematização da seleção desses materiais e seus processos de fabricação para o projeto de novos produtos fundamentados pelo ecodesign. Desse modo, este trabalho buscou avaliar o comportamento dos compósitos com incorporação, de 10 e 6%, em massa, de resíduos das pupunheiras, quando submetidos a ensaios de fabricação visando o desenvolvimento de produtos. Esses foram submetidos, a ensaios de corte na serra de fita; perfuração com parafuso e com prego; polimento (desbaste) com lixadeira elétrica e testes de aderência entre superfícies aplicando resina poliéster, silicone e cianoacrilato penteno de metila (CPM), nesse teste realizaram-se três procedimentos. No primeiro, houve a distribuição do aglutinante e apenas o assentamento das peças. No segundo, utilizou-se a morça para fazer a compressão das peças com o aglutinante entre elas e no terceiro alterou-se a superfície de contato, antes de acrescentar o aglutinante. Todos os ensaios foram feitos em triplicata e observou-se, para cada amostra, a resistência do material ao procedimento; a maleabilidade; a geração de rebarbas e o surgimento de trincas. Nos ensaios com as serras de fita, todas as amostras apresentaram maleabilidade e poucas rebarbas. Nos ensaios feitos com brocas em todas as amostras observou-se maleabilidade na perfuração, aparecimento de poucas rebarbas e também de pequenas lascas na superfície superior e inferior, causadas pelo ângulo das brocas. Já nos ensaios feitos com pregos, todas as amostras trincaram e algumas chegaram a romper quando se deu inicio ao ensaio, características de material frágil. Para os ensaios de polimento, todas as amostras apresentaram maleabilidade e bom acabamento. Nos ensaios de colagem com resina poliéster e CPM,nos dois primeiros procedimentos, as amostras descolaram na primeira batida, no terceiro as amostras quebraram-se em vários fragmentos, não ocorrendo à descolagem nas superfícies de contato, para a colagem com resina. Já os colados com CPM, as amostras não descolaram. Nos ensaios com silicone, independente do procedimento usado para realizar a adesão, as amostras soltaram na primeira batida. Os resultados dos ensaios apontaram que ambos os compósitos testados suportam aos processos de corte, perfuração com broca, polimento e aderência a colas, apresentando resistência e trincas somente nos ensaios de perfuração com prego.

ISSN: 1807-5754