8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 14/05/2012 à 18/05/2012

Os jovens e o consumo cultural na contemporaneidade:

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação, Formação Histórica, juventudes

Este trabalho é um recorte do projeto de pesquisa em andamento, intitulado “Jovens” que acontece integrado aos programas de Mestrado em Educação e Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade. Seu objetivo é investigar a construção da subjetividade cidadã e da formação histórica dos jovens considerando os sentidos de identificações e memórias coletivas que esses constroem a partir dos consumos culturais contemporâneos. O recorte da amostra privilegia as escolas, campos de estágio dos cursos de Licenciaturas, embora dialogue também, com discursos juvenis de outras escolas da região. A pesquisa conta com o vínculo de seis projetos de dissertação, todas interessadas em investigar os processos de construção das identificações juvenis em suas relações com as políticas de cultura e de educação. Além da temática esses pesquisadores dialogam a partir dos resultados da aplicação de um instrumento do tipo surwey, que tem a intenção de desenhar um perfil sócio econômico e cultural desses jovens. Em termos metodológicos, essa pesquisa segue as orientações da corrente francesa da Análise do Discurso, AD, entendendo a linguagem dos jovens como a materialidade concreta de suas subjetividades. Os procedimentos metodológicos privilegiam os recursos midiáticos como disparadores de falas juvenis, porém, a pesquisa bibliográfica tem um foco de destaque, visando à análise das perspectivas teóricas que sustentam o debate sobre as culturas juvenis e o consumo midiático em diálogo com suas implicações no Ensino da História, na Educação e nas políticas patrimoniais de Memória e Identidade na atualidade. Os estudos, nesta fase da pesquisa, têm identificado as divergências conceituais e epistemológicas sobre juventude e apontado as limitações dos estudos racionalistas sobre a consciência dos jovens, diante de objetos tão fluidos e furtivos que tem se mostrado a lógica de pensamento e linguagem juvenil. Desta forma a preferência pelo conceito de juventudes, subjetividade cidadã e formação histórica não está convencionada na fundamentação no pensamento racional, mas, amplia-se para os Estudos Culturais, a partir do debate em uma circunferência maior, admitindo a partir da AD, aquelas formas de linguagem que não são pensadas no campo da consciência e tão comuns no mundo juvenil. Outro resultado já conquistado, parcialmente, é um mapa das políticas disponíveis aos jovens, todas preocupadas com a formação cidadã voltada a produtividade, no início do trabalho e na vida sexual e reprodutiva.

ISSN: 1808-1665