9º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 20/05/2013 à 27/05/2013

ESTUDO DA TOXICIDADE AGUDA DE MISTURAS DE EFLUENTES DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA INORGÂNICA

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: toxicidade, efluente Industrial, toxicologia de misturas

Diariamente são lançados no ambiente aquático vários compostos tóxicos originados de diferentes atividades humanas, sendo que efluentes altamente complexos são provenientes das indústrias químicas que em geral, nos ecossistemas aquáticos não encontram-se disponíveis apenas em um único composto, mas sim a uma mistura de substâncias químicas com possíveis diferentes potenciais tóxicos. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi estudar a toxicidade aguda dos efluentes de uma indústria química inorgânica, como contribuição para gestão adequada dos processos de lançamento e tratamento de efluentes. Para tanto, foram definidos, quatro pontos de amostragens, sendo eles: Tx1 – recebendo efluente da linha de produção de sais de cobalto; Tx2 – recebendo efluentes da linha de produção de sais de iodo; Tx3 recebendo efluentes tanto de Tx1 quanto de Tx2 bem como os dois ao mesmo tempo mais efluente orgânico e Tx4 corpo receptor (Montante e Jusante). As coletas seguiram as normativas nacionais e internacionais e foram realizadas em 5 datas para os pontos Tx1, Tx2 e Tx3 e 14 diferentes datas para o ponto Tx4. Para cada amostra foram realizadas também análises físico-químicas. Para os testes de toxicidade aguda, utilizou-se como organismo teste Mysidopsis juniae um microcrustáceo marinho, dada a presença de sais no efluente, para os testes, seguiu-se a NBR 15308/2011 da ABNT, sendo que, para cada amostra testada foi feito um teste controle, foram feitos também testes de sensibilidade para os organismos. Para o teste toxicológico de mistura (TM), sendo 50% de Tx1 e 50% Tx2 seguiu-se a mesma metodologia. Com intuito de avaliar a interação de substâncias, utilizou-se o modelo descrito por Berenbaum (1985). Como resultados pode-se afirmar que: no ponto de lançamento do efluente da indústria no corpo receptor está ocorrendo alteração da salinidade para valores mais altos do que os definidos na resolução CONAMA 357/05, sendo estes valores prejudiciais a organismos de água doce. A presença de Iodo em altas concentrações é definidor da alta toxicidade do efluente da empresa e os efluentes das duas linhas quando misturados tornam-se ainda mais tóxicos apresentando efeito sinérgico. Desta forma, um sistema que trate os efluentes da empresa por linha de produção, que consiga uma boa remoção de Iodo, diminuindo a salinidade e realizando o monitoramento de efluentes com organismo marinho e no corpo receptor com organismo de água doce, seria a solução adequada para a empresa, a saúde e o meio ambiente.

Apoio / Parcerias: Financiamento FAP e empresa do setor químico

ISSN: 1808-1665