18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Avaliação do crescimento celular e produção de poli (3-hidroxibutirato) por haloferax mediterranei

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Crescimento celular, poli (3-hidroxibutirato), Haloferax mediterranei

Pelas dificuldades enfrentadas na gestão dos resíduos sólidos e suas conseqüências para o meio ambiente, muitas alternativas têm sido estudadas ou aplicadas. Das inúmeras estratégias, a substituição dos plásticos derivados do petróleo por polímeros biodegradáveis tem sido amplamente estudada. Os polihidroxialcanoatos (PHAs) são uma boa alternativa para esta substituição, eles compreendem uma classe de biopolímero sintetizado e acumulado como reserva de carbono e energia por alguns micro-organismos. São acumulados na forma de grânulos localizados no interior das células, podendo representar até 80% da massa seca total da célula. O uso de Haloferax mediterranei para produzir poli (3-hidroxibutirato) (PHB), um dos polímeros biodegradáveis dentre os PHAs, oferece muitas vantagens, pois este organismo cresce em meios contendo concentrações elevadas de sais e fontes de carbono simples. Sob estas condições poucos organismos, podem se desenvolver a taxas de crescimento próximas as obtidas com H. mediterranei. Por isso, a condição extrema de salinidade em que estes organismos crescem quase anula o problema de contaminação, reduzindo grandemente as exigências de esterilidade de uma instalação de produção, diminuindo o custo de investimento. Assim, o objetivo do presente trabalho, é avaliar o crescimento celular e a produção de PHB por Haloferax mediterranei, a partir de diferentes substratos, tais como glicerol, glicose, sacarose e celobiose. Os resultados foram obtidos após 96h de um cultivo de Haloferax mediterranei em frascos agitados a 37ºC e 150min-1. Foram realizadas análises para determinação de PHB por cromatografia gasosa em função das fontes de carbono estudadas: glicose, glicerol, sacarose e celobiose. No decorrer do cultivo, o caldo fermentativo começou a adquirir uma coloração rosa que se intensificou até às 60 horas e permaneceu assim até às 96 horas, esta coloração é típica para o crescimento de Haloferax mediterranei. A fonte de carbono que mais favoreceu o crescimento de Haloferax mediterranei, após 96h de cultivo, foi a sacarose. Porém, esta tendência não foi observada para produção de PHB. O maior acúmulo de PHB (75%) foi obtido tendo glicose como fonte de carbono, enquanto que o acúmulo do polímero tendo sacarose como fonte de carbono se limitou a 25%. O acúmulo de PHB tendo glicerol como substrato embora não tenha sido muito elevado (±30%) desperta o interesse em novas pesquisas, pois esta fonte de carbono é um subproduto, de baixo custo, do processamento de biodiesel.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Pesquisa (FAP)

ISSN: 1807-5754