18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Avaliação da toxicidade aguda de água contendo gases provenientes da combustão do óleo diesel ao organismo Mysidopsis juniae.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Toxicidade aguda, óleo diesel, Mysidopsis juniae

O petróleo é uma das principais fontes de energia do planeta, sendo este uma fonte de recurso natural esgotável, e sua queima causa danos ao meio ambiente, principalmente no que diz à poluição atmosférica e hídrica. Dentre seus derivados, após o processo de extração e refino do petróleo, um deles é o óleo diesel, que é um composto de HPA (hidrocarboneto policíclico aromático), e concentrações menores de enxofre, nitrogênio e oxigênio. O uso do óleo diesel ocorre na grande maioria como fonte de combustível para motores de caminhões, ônibus, locomotivos e embarcações marítimas. Em algumas destas embarcações a via de escape da fumaça proveniente da combustão do óleo diesel ocorre por meio submerso, podendo causar danos a toda a biodiversidade que entre em contato direta ou indiretamente com este contaminante, no entanto nada se sabe sobre estes efeitos aos organismos marinhos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade aguda da água contendo os gases da combustão do óleo diesel ao organismo Mysidopsis juniae. Os testes agudos foram realizados em triplicatas, contendo o controle, e os volumes de 0,05; 0,1; 0,2; 0,25; 0,5; 1 e 2 mL diluídos em 200 mL de água marinha reconstituída com o sal marinho Red Sea Salt®, utilizando o organismo teste Mysidopsis juniae do laboratório de toxicologia ambiental da Universidade da Região de Joinville - Unidade de São Francisco do Sul. A amostra da água contaminada com fumaça de combustão do óleo diesel foi obtida do projeto SMOKE da Univille que verifica o desempenho de motores estacionários com diferentes misturas de diesel e biodiesel. Os resultados mostraram que nos volumes de 1 e 2 mL, ocorreu mortalidade total dos organismos, e que nos volumes de 0,5, 0,25, 0,2, 0,1, 0,05 mL, houve respectivamente, 27%, 7%, 10%, 7%, 3%, dos organismos mortos, portanto com estes resultados não foi possível encontrar a CL50(96h). Desta forma verifica-se que a amostra analisada apresenta toxicidade para o organismo em estudo, porém é necessária a realização de novos testes com volumes que variam da faixa de 0,25 a 1 mL, para a obtenção da CL50(96h), determinando assim a concentração toxica para o organismo Mysidopsis juniae.

ISSN: 1807-5754