18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Uso de diferentes linhagens de Saccaromyces cerevisae na produção de etanol a partir de polpa da banana.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Etanol, Resíduo, Banana

De acordo com a Síntese Anual da Agricultura, safra 2011-2012 – CEPA/EPAGRI, dentre as frutas cultivadas no mundo, a banana ocupa a primeira posição no ranking, com uma produção anual de 102,2 milhões de toneladas. O Brasil é o quinto maior produtor mundial contribuindo com 6,9% da produção, sendo que a exploração da bananicultura ocorre em praticamente todo o território nacional. Santa Catarina, com uma produção anual de 646_5 mil toneladas, ocupa a quarta posição na produção brasileira. Durante a colheita, armazenamento e industrialização da banana cerca de 20% da fruta é rejeitado para consumo humano. Com o objetivo de valorizar essa biomassa como fonte alternativa de energia foi avaliado a produção de etanol empregando 500 g/L de polpa de banana madura (resíduo in natura) como substrato da fermentação e duas diferentes linhagens de microorganismos como inoculo (20% v/v): Saccharomyces cerevisae isolada de fermento comercial e S. cerevisae ATCC 26603, previamente cultivadas durante 18 e 24h. Os ensaios foram conduzidos em frascos de Erlenmeyer de 250 mL contendo 100 mL de volume de trabalho e acondicionados em agitador orbital com frequência de agitação de 100 min-1, 30 ºC e pH inicial de 4,5. As concentrações de açúcares totais (AT) e de açúcares redutores (AR) no caldo fermentado foram determinadas periodicamente pelos métodos colorimétricos fenol-sulfúrico e cuproarsenato, respectivamente. A concentração de etanol (P) foi determinada em cromatógrafo Agilent-6890 equipado com coluna HP-1, utilizando hélio a 2,2 mL/mim como gás de arraste. Com 12 h de cultivo foi observado o consumo total de AR (74 a 82 g/L) inicialmente presente no licor de fermentação em todos os experimentos realizados, resultando em concentrações médias de etanol de 38 a 40 g/L. Não houve diferença significativa (p<0,05) entre os valores de rendimento percentual em etanol estimados para as diferentes condições de fermentação avaliadas sendo que o seu valor médio global foi de 95,1±16,0%. A maior produtividade em etanol (3,7±0,2 g/L.h) foi alcançada com o emprego de S. cerevisae isolada de fermento comercial (inóculo 18h). Esse valor foi 25% maior do que o valor obtido com a cepa ATCC (inóculo 24h) e 50% maior do que essa cepa com inóculo 18h.

ISSN: 1807-5754