18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

efeitos do tipo de obtenção de fibrilas de pupunheira e do tratamento químico dessas sobre as propriedades mecânicas de compósitos de poliuretana.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fibra vegetal, MDI, pupunha

A aplicação de fibras de pupunheira em compósitos são uma constante nos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de Materiais Poliméricos da UNIVILLE, desde 2005. Esses estudos baseiam-se na aplicação de diferentes partes da pupunheira como carga em compósitos tendo como matriz a resina poliéster insaturado ortoftálico e termoplásticos biodegradáveis. Diante deste contexto, constatou-se que um estudo sobre um compósito produzido com mantas de fibrilas vegetais, provenientes de resíduos de pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K) em matriz poliuretana, também termofixa mas com características distintas da poliéster insaturada, contribui para a aplicação dos resíduos gerados na cultura regional do palmito, em virtude do corte da planta e sua extração. A utilização do tratamento de superfície das fibras vegetais tem como objetivo maximizar a adesão entre a fibra e a matriz nos compósitos, melhorando assim a resistência mecânica e a estabilidade dimensional dos compositos resultantes em comparação a uma amostra pura. O objetivo deste estudo se resume em avaliar as propriedades mecânicas dos compósitos de biopoliuretana/mantas de fibrilas de pupunheira com e sem o tratamento com MDI, assim como os efeitos da extração das fibras tanto em meio ácido quanto em meio alcalino. Neste contexto, os compositos poliméricos de resina biopoliuretana, com incorporação de 6 a 10% em massa de fibra foram submetidos aos ensaios mecânicos, MEV, TGA e aos ensaios de absorção de água em diferentes temperaturas. Em relação aos ensaios mecânicos o tipo de extração não apresentou efeito sobre a tensão máxima. Já no módulo de elasticidade a extração ácida tornou os compósitos mais rígidos que aqueles obtidos a partir da extração alcalina. Quanto ao tratamento, as amostras tratadas com MDI reduziram a tensão máxima quando comparado os CPs sem tratamento e o módulo não foi modificado no caso das amostras de extração alcalina. O tratamento com MDI aumentou a deformação do material e o percentual de fibra não apresentou diferenças relevantes. Nas imagens das fraturas dos compósitos com manta observou-se que houve transferência de carga da matriz para o reforço. Os resultados de TGA mostraram que a degradação dos compósitos ocorreram em quatro estágios e não se observa efeitos claros do tipo de extração, tratamento químico e percentual de fibras. Na análise de absorção de água, ao contrário dos valores na temperatura de 50°C, a 25 °C observou-se que o percentual médio de absorção foi inferior a 1%, o que fica dentro do limite estabelecido pela norma ASTM D570-98.

Apoio / Parcerias: Apoio CNPq e FAP/Univille

ISSN: 1807-5754