18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Produção de Lacase por Pleorotus Ostreatus com etanol como indutor

Palavras-chave: Etanol, Lacase, Ostreatus

Dentre as enzimas lignocelulolíticas produzidas por fungos do gênero Pleurotus, as lacases vêm sendo foco de pesquisas principalmente pela sua capacidade de decompor compostos fenólicos altamente recalcitrantes para que a produção de lacase seja viável, é necessária a obtenção de elevada quantidade da enzima. Sendo assim, além das condições de cultivo, é importante o estudo do efeito da adição de indutores no meio de cultivo. Por outro lado, a indústria moveleira que utiliza MDF gera significativa quantidade de resíduos (serragem de MDF) que podem constituir um problema ambiental por conter resinas a base de fenol e formaldeído desta forma, este trabalho propôs a produção de lacase por Pleurotus ostreatus em cultivo submerso, utilizando meio de cultivo contendo Álcool Etílico como indutor e a produção de lacase por Pleurotus ostreatus em cultivo submerso, utilizando meio de cultivo contendo serragem residual proveniente do beneficiamento do MDF, obtida de uma marcenaria da região de Joinville. O intuito da proposta foi, ao mesmo tempo, utilizar um resíduo para a geração de um produto com alto valor agregado e reduzir a toxicidade do resíduo utilizado. Nos meios de cultivo contendo serragem de MDF (M1) e formol (M2 e M3) não foi detectada a presença da enzima lacase secretada pelo fungo da espécie Pleurotus ostreatus. O crescimento da espécie fúngica ficou totalmente comprometido no meio M1, onde a concentração de MDF utilizada foi de 1g/L. O mesmo aconteceu no meio M2, quando as concentrações de serragem de MDF utilizadas foram de 25, 50 e 75 g/L (observado visualmente). Nos meios M2 e M3 também não houve crescimento celular estatisticamente significativo. Os resultados indicam a influência negativa da serragem de MDF e do formol no crescimento fúngico e, consequentemente, na produção de lacase, devido à presença de formol em sua composição. Etanol como indutor foi avaliado nas concentrações de 5, 10, 20, 40 e 50 mL/L. A máxima atividade de lacase foi obtida quando 20 mL/L de etanol foi utilizado. Esta atividade foi obtida no 9º dia de cultivo, representando uma produtividade máxima em lacase, medida no tempo em que a atividade de lacase é máxima, de 160,92 U/L.dia. Os resultados mostraram que o aumento da concentração de etanol proporciona um aumento na atividade máxima de lacase, até 20 mL/L. A partir dessa concentração, a atividade máxima decresce, chegando a ser nula quando 50 mL/L de etanol são utilizados.

ISSN: 1807-5754