18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Preparação de DNA Genômico para Implantação do Biobanco Associado à Coorte JOINVASC.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: AVC, DNA, Biobanco

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são, em todo o mundo, a segunda maior causa de óbitos (5,7 milhões por ano) e, em 2005, foram responsáveis por aproximadamente 10% de todos os óbitos mundiais. Entretanto, a distribuição geográfica desses eventos é nitidamente desigual, pois 85% desses óbitos ocorrem em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento, atingindo um terço da população economicamente ativa. Adicionalmente, entre todos os países da América Latina, o Brasil é o que apresenta as maiores taxas de mortalidade por AVC. A maioria dos episódios de AVC podem ser atribuídos a fatores de risco modificáveis, como hipertensão, idade e doenças prévias, porém não se consegue explicar inteiramente porque alguns indivíduos apresentam maior susceptibilidade ao AVC quando expostos às mesmas condições ambientais. O diagnóstico clínico e laboratorial de AVC pode ser complexo, desconhecendo-se biomarcadores confiáveis ou genes preditivos de risco de desenvolvimento da doença na atualidade. Nesse sentido, a implantação de um banco de dados epidemiológicos e genéticos relativos ao AVC pode auxiliar na identificação de genes predisponentes à doença e apontar possíveis alternativas terapêuticas. Objetivo: Dar continuidade a implantação do banco de amostras de DNA associado à coorte JOINVASC, com vistas a futuras investigações genéticas relativas ao AVC. Metodologia: Foram inclusos pacientes diagnosticados com AVC e indivíduos controle (não consanguíneos e de faixa etária equivalente) a partir de setembro/2010, somente residentes na cidade de Joinville - Santa Catarina. Após coleta de aproximadamente 10 mL de sangue venoso, as amostras foram enviadas ao Laboratório de Biologia Molecular da UNIVILLE, onde a extração do DNA genômico foi realizada pelo método “fenol-clorofórmio”. Para verificar o rendimento e o grau de pureza, algumas amostras de DNA foram selecionadas e avaliadas via espectrofotometria (leituras a 260/280 nm). Após a extração, as amostras de DNA suspenso em 200 µL de tampão de eluição TE (10 mM Tris-HCl, pH 8,0; 1 mM EDTA) foram armazenadas em tubos de 2 mL, sob codificação segura, a -80°C. Resultados: Até agosto/2013 foram inclusas no biobanco amostras de DNA de 918 pacientes e 1470 controles. Conclusão: Almeja-se que, num futuro próximo, o biobanco implantado e em expansão propicie estudos de análises genômicas, contribuindo com o desenvolvimento de novos exames diagnósticos e a definição de alvos terapêuticos.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José; Prefeitura Municipal de Joinville; UNICAMP.

ISSN: 1807-5754