18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Plasticidade fenotípica de Nectandra oppositifolia Nees (Lauraceae) em fitofisionomias de Restinga e Floresta Ombrófila Densa.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Plasticidade, Nectandra oppositifolia, Potencial plástico

A interação das plantas com diferentes fatores abióticos é tida como precursora de adaptações estruturais ou fisiológicas, sendo a plasticidade o principal meio pelo qual as plantas tem lidado com a heterogeneidade ambiental. Essa complexa resposta dada pela plasticidade fenotípica é importante do ponto de vista ecológico, uma vez que possibilita às plantas experimentarem habitats distintos, explorarem nichos mais ricos em recursos e ampliarem suas possibilidades de distribuição geográfica. Este estudo objetivou avaliar o potencial plástico da espécie Nectandra oppositifolia Nees (Lauraceae) em duas fitofisionomias: Restinga Arbustivo-Arbórea e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana. Foram analisadas variáveis morfológicas a partir de folhas de sol como: peso fresco e seco, espessura e área foliar, área específica foliar, densidade foliar, grau de suculência e índice de esclerofilia. As folhas coletadas apresentaram diferenças em todas as variáveis, especialmente no peso e tamanho, sendo as folhas da floresta portadoras de maiores áreas foliares do que as da restinga. Plantas com áreas foliares menores são entendidas como uma estratégia das folhas para evitar a perda de água pela transpiração, em condições de temperaturas elevadas. Os maiores índices de plasticidade foram registrados para as plantas de floresta. Sugere-se que os resultados obtidos estejam relacionados com a intensidade luminosa incidente sobre os indivíduos amostrais, mas também com a disponibilidade de água e a fertilidade do solo nos ambientes estudados. Testes estatísticos em curso apontarão a significância das diferenças estruturais observadas.

Apoio / Parcerias: FAP

ISSN: 1807-5754