18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Morfologia polínica de espécies de solanaceae Juss.

Palavras-chave: caracterização morfológica, Solanaceae, grãos de pólen

O conhecimento da morfologia dos grãos de pólen contribui para estudos taxonômicos em Botânica e para trabalhos de confirmação polínica de produtos apícolas, dentre outras aplicações. Visando incrementar a coleção palinológica do LABEL - Laboratório de Abelhas da UNIVILLE, vem sendo desenvolvida a caracterização morfológica de grãos de pólen de espécies de plantas apícolas que ocorrem em Santa Catarina. Em 2013, foram analisadas nove espécies da família Solanaceae Juss. (Capsicum baccatum L., Cestrum corymbosum Schltdl., Petunia bonjardinensis T. Ando & Hashim., Petunia x hybrida, Physalis cf. angulata L., S. lycopersicum var. cerasiforme Voss, Solanum mauritianum Scop., Solanum melongena L., S. ramulosum Sendtn.). Destas espécies, foram preparadas exsicatas e coletados botões florais ainda fechados, conservados em ácido acético. Para a confecção das lâminas de grãos de pólen, foi seguida a técnica de acetólise. Foram montadas três lâminas de material polínico para cada espécie, utilizando gelatina de Kisser, lutadas com parafina, que foram numeradas e tombadas na Palinoteca do LABEL. Todos os materiais se encontram guardados no LABEL. Os grãos de pólen foram observados em microscopia óptica (Bioval) com aumento da imagem de 40, 100, 400 e 1000 x. A descrição morfológica e as medidas dos grãos foram feitas a partir de fotomicrografias em equipamento Dino-Eye Microscope Eye-Piece Camera, conectado ao microscópio e associado ao programa de software DinoCapture 2.0. Foram retratadas a vista polar (P) e equatorial (E) bem como detalhes da espessura e da ornamentação da exina. Os grãos apresentaram-se em mônades, isopolares, tricolporados, com forma oblato-esferoidal (S. mauritianum, S. ramulosum), esferoidal (P. bonjardinensis), prolato-esferoidal (C. corymbosum, S. lycopersicum var. cerasiforme, S. melongena), subprolato (C. baccatum, Petunia x hybrida, Physalis cf. angulata), com âmbito subtriangular (Physalis cf. angulata e S. ramulosum), circular e subtriangular (S. mauritianum, S. melongela), circular (C. corymbosum, P. bonjardinensis, Petunia x hybrida, Solanum lycopersicum var. cerasiforme, C. baccatum). As médias das medidas do eixo polar dos grãos variaram de 26,25 a 75,6 um e as do diâmetro equatorial, de 25,27 a 83,17 um. Quanto à ornamentação, foram observados grãos psilados (Physalis cf. angulata, S. lycopersicum var. cerasiforme, S. mauritianum, S. melongena, S. ramulosum), rugulados (P. bonjardinensis), estriado-rugulados (C. corymbosum, Petunia x hybrida) e microrugulados (C. baccatum). A exina em vista polar variou de 1,48 a 4,33 um e, em equatorial, de 1,14 a 2,25 um. As espécies analisadas até o momento indicam uma família estenopolínica.

ISSN: 1807-5754