18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Micropartículas de etilcelulose e poli(L-ácido láctico) como matriz para o estudo do encapsulamento de piroxicam

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: microencapsulação, piroxicam, VA64

O piroxicam (P) pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais, podendo causar irritação da mucosa gastrintestinal quando administrado por via oral, fato que justifica a sua utilização na forma de sistemas multiparticulados. A etilcelulose (EC) é um derivado de celulose amplamente usado no revestimento de formulações sólidas para administração oral de fármacos. O poli(L-ácido láctico) (PLLA), é um poliéster considerado biodegradável e biocompatível, amplamente usado nas áreas médica e farmacêutica por apresentar alta estabilidade e relativamente lenta decomposição no meio corpóreo. O Kollidon ® VA 64 é um copolímero novo de vinilpirrolidona-acetato de vinilo solúvel tanto em água como em álcoois. Eles são utilizados na indústria farmacêutica como ligantes em comprimidos e como agentes de granulação, retardadores e formador de película. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da incorporação do VA 64 na matriz sobre o processo de preparação das micropartículas. A partir de uma matriz de EC/P já estudada e caracterizada pelo projeto ENCAP, preparou-se inicialmente 2 formulações, denominadas de F1, a qual contem somente VA 64 e a F2 contendo VA 64/PVA. As micropartículas foram preparadas por meio da técnica de emulsão e evaporação do solvente O/A, contendo uma fase externa, a qual consistia de uma solução de VA 64 ou VA 64/PVA, NaCl e metanol, e uma fase interna, a qual consistia de piroxicam, etilcelulose, PLLA e SPAN 80 e diclorometano. Com auxílio de uma pipeta pasteur, gotejou-se vagarosamente a fase interna na fase externa. Após o gotejamento, a mistura foi mantida sob agitação constante por 24 horas e em seguida, as micropartículas foram lavadas com água destilada e colocadas em estufa a uma temperatura constante por aproximadamente 3 horas. As amostras obtidas foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para determinação da eficiência de encapsulação (EE%). As EE% médias atingidas foram em torno de 60% para F1 e 81% para F2. As micropartículas foram submetidas à análise de Microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostrando micropartículas irregulares, rugosas e com cristais localizados na superfície externa. No ensaio do perfil de liberação in vitro em meio ácido as amostras mostraram que em 24 horas de ensaio, 79% e 44% do fármaco foram liberados para o meio de dissolução, para as amostras F1 e F2 respectivamente.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP)

ISSN: 1807-5754