18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Estudo do potencial ecotoxicológico de insulinas e análogos de insulinas, utilizando algas do gênero Euglena gracilis para biotestes de toxicidade aquática.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Contaminação ambiental, Poluentes emergentes, Insulina e análogos

Introdução: Problemas ambientais residem em boa parte da falta de gestão sobre os resíduos gerados, o que inclui os resíduos de saúde. Estes são lançados sem seleção, em áreas impróprias, o que contribui para intensificar os riscos advindos deste tipo de poluição. Situação que merece destaque são os descartes de medicamentos destinados a doenças crônicas de alta prevalência e incidência, como no caso da diabetes, situação clínica com crescente aumento no número de portadores insulinodependentes. Tal condição implica em consequentemente aumento da escala de produção, utilização e descarte tanto da insulina quanto de seus análogos tanto pela população quanto por efluentes industriais. Faz-se necessário analisar a existência de toxicidade ambiental destes compostos, advindos de suas estruturas ou do desprendimento do zinco contido na formulação. Tal toxicidade, se existente, poderá causar alterações comportamentais e fotossintéticas nas algas do gênero Euglenas gracillis, utilizadas como organismos para estes biotestes. O presente trabalho pretende verificar tais modificações em testes in vitro para obter parâmetros que futuramente possibilitem avaliar o risco dos efluentes industriais. Objetivo Geral :Verificar a existência ou não das alterações comportamentais ou fotossinteticas nas algas do gênero E.gracilis, frente à presença de insulinas ou seus análogos zincadas Metodologia: Estudo experimental, envolvendo o uso de algas do gênero E. gracilis KLEBS, obtidas da coleção da Universidade de Gottingan, Alemanha. Para os testes iniciais, foram utilizados insulinas e análogos produzidos industrialmente por processos envolvendo técnicas de biologia molecular, do laboratório Sanofi Aventis. As mesmas foram obtidas a partir de devoluções feitas a Farmácia Escola Univille, e que teriam como destino o descarte comum. Foi preparada uma solução estoque de 50 UI/ml, o que corresponde a 1,5 ml de solução usada para fins terapêuticos. As amostras a serem testadas foram as seguintes: Insulina Humana 50UI/mL, Análogo de Insulina Glargina 50UI/mL, Análago de Insulina Lispro 50UI/mL. A avaliação comportamentalserá realizada porbiomonitoramento em tempo real via NG-TOX, e a atividade fotossintética pelo equipamento PAM. Resultados: Avaliação inicial tem demonstrado que nas concentrações trabalhadas as algas apresentaram alteração significativa no comportamento r-value, que demonstra que o sentido de direção de um conjunto de algas foi afetado, comprometendo a busca pela luz para fotossíntese por este conjunto. A eficiência fotossintética também foi afetada no grupo estudado em relação ao controle, sendo as ultra rápidas mais impactantes quanto a redução de tal atividade.

ISSN: 1807-5754