18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Estudos sobre as relações possíveis entre biologia marinha e o patrimônio arqueológico da faixa leste da Ilha de São Francisco do Sul

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Acaraí, Zooarqueologia, Sambaquis

A pesquisa está vinculada ao projeto Assentamentos humanos pré-coloniais na costa lesta da Ilha de São Francisco do Sul/SC: contribuição para uma arqueologia costeira e estudos de etnicidade (Acaraí) que tem por objetivo geral, produzir conhecimento a cerca do padrão da dispersão e da construção dos assentamentos na costa leste da ilha de São Francisco do Sul durante a pré-história a partir do estudo de sítios arqueológicos pré-coloniais conhecidos, principalmente o abrigo da Rocha Casa da Pedra, que constituem patrimônio arqueológico e natural, e ambientes associados. Os objetivos específicos trabalhados durante o ano foram a realização de estudos teóricos relativos a conceitos que abordem a interface entre biologia e arqueologia e a exploração das possibilidades de estudos entre a biologia marinha e sítios arqueológicos pré-coloniais. Foram realizadas revisões bibliográficas relacionadas à zooarqueologia, uma ciência que está ligada à arqueologia e biologia, a fim de obter conhecimentos sobre a arqueofauna da área de estudo. Nas bibliografias, obtiveram-se informações importantes para a aplicação desta ciência no projeto Acaraí. Segundo Bandeira, a zooarqueologia estuda a inter-relação entre homens e animais no seu ambiente por meio das análises dos restos de vertebrados e invertebrados dos sítios arqueológicos. As pesquisas realizadas nos sambaquis da região, os achados arqueológicos, mostraram que as conchas de moluscos eram utilizadas para a construção de morros para habitação e o principal componente da refeição deste povo era peixe, já que viviam em áreas de manguezais (FIGUTI). Também realizou-se identificação e análise do material faunístico do Sambaqui Cubatão I, em Joinville/SC, localizado na margem direita do Rio Cubatão, próximo a sua foz no Canal do Palmital. Tal prática foi uma forma de preparação para realizar as futuras atividades de identificação faunística no Acaraí. No Sambaqui Cubatão I foram identificados principalmente fragmentos ósseos de peixes baseando-se na coleção de referência disponível no acervo do Museu Arqueologico do Sambaqui de Joinville. A participação nos seminários do grupo de estudos ArqueoCult para debater assuntos referentes ao projeto, também trouxe grande contribuição. Em suma, obter informações a partir de fontes bibliográficas a respeito de zooarqueologia e praticar a técnica de identificação da fauna do Cubatão I proporcionou uma base de conhecimentos que poderá ser útil para a identificação do material faunístico no projeto do Acaraí, com a finalidade de obter mais informações sobre o modo de vida desses povos.

ISSN: 1807-5754