18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

Produção de feniletanol por leveduras

Palavras-chave: Feniletanol, Leveduras, Indústria farmacêutica e alimentícia

O feniletanol (2-FE) é um álcool aromático de grande interesse para a indústria farmacêutica e alimentícia, uma vez que é o segundo álcool mais utilizado para a produção de perfumarias e cosméticos, além de contribuir fortemente na aromatização de vinhos, chás, cafés, pães, dentre outros produtos. No entanto, a extração natural desse composto (a partir de óleos essenciais de flores, como jasmim, lírios, rosas) é de baixíssima concentração e de elevado custo. A síntese química a partir do tolueno, benzeno ou estireno (tóxicos ou carcinogênicos) inviabilizam a utilização em alimentos. Em face disso, uma alternativa vantajosa de obtenção do feniletanol é através da rota biológica de leveduras fermentativas como as do gênero Kluyveromyces que produzem este álcool durante seu próprio metabolismo. Estas leveduras recebem o status de organismo GRAS (Generally Recognized as Safe) – um requisito essencial para a sua aplicação em alimentos e produtos farmacêuticos. A capacidade de utilizar substratos provenientes de resíduos agroindustriais também tem despertado o interesse em pesquisas usando leveduras do genero Kluyveromyces. Este trabalho, teve como objetivo avaliar o uso de milhocina, resíduo agroindustrial da manufatura do milho, como um potencial nutriente para produção de feniletanol por linhagens distintas de Kluyveromyces em temperaturas distintas de cultivo. Além disso, avaliou-se também o uso de fenilalanina a fim de estimular a produção de feniletanol. A fim de otimizar a produção de feniletanol, foi realizado um planejamento fatorial 22 tendo como variáveis a concentração de milhocina (0 a 9 g.L-1) e temperatura (20 a 37 ºC). Observando os valores de feniletanol, assim como os parâmetros significativos apontados no tratamento dos dados, conclui-se que a concentração de milhocina não foi significativa para a produção feniletanol e para o crescimento celular. No entanto, a temperatura de 20°C, apesar de ter proporcionado uma menor velocidade de crescimento, permitiu alcançar valores de biomassa 25% maiores do que os experimentos conduzidos a 37°C no período de 5 dias.

Apoio / Parcerias: Universidade da Região de Joinville e CNPQ.

ISSN: 1807-5754