18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

USO DA RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA COMO ESTRATEGIA PARA REDUÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO NA ADMISSÃO HOSPITALAR DO HOSPITAL REGIONAL HANS DIETER SCHIMIDT

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: reconciliação , medicamento, hospital

Introdução: Erro de medicação é o tipo mais comum de erro que afeta a segurança do paciente, ocorrendo com mais frequência nos pontos de transição de cuidados no momento da admissão hospitalar. Estes erros na maioria dos casos são passíveis de prevenção com o uso da reconciliação medicamentosa, que se mostra eficiente na redução das discrepâncias encontradas entre as prescrições médicas e os medicamentos já utilizados pelo paciente, resultando na redução dos erros em cerca de 70%. A reconciliação é descrita como um processo para obtenção de uma lista completa, precisa e atualizada dos medicamentos que cada paciente utiliza em casa e comparada com as prescrições médicas feitas na admissão, transferência e alta hospitalar.Objetivo: Demonstrar a importância da reconciliação medicamentosa para a redução de erros de medicação quando o paciente muda de nível de assistência à saúde em uma unidade hospitalar.Metodologia: Estudo realizado no Setor O do Hospital Hans Dieter Schmidt, em Joinville/SC nos meses de julho e agosto de 2013. Utilizou-se questionário adaptado a partir do instrumento desenvolvido por Ketchum e colaboradores para obtenção de dados referentes aos medicamentos utilizados pelos pacientes de forma contínua; medicamentos utilizados anteriormente à internação; posologia; via e forma de administração; utilização de plantas medicinais e/ou medicamentos fitoterápicos.Resultados e Discussão: Foram entrevistados 92 pacientes sendo 30 mulheres, 48 homens, 14 excluídos por falta de informações e 1 negou a participar da entrevista. Até o momento foram avaliados 50 prontuários, dos quais foram encontradas discrepâncias principalmente relacionadas a: medicamentos de uso contínuo não incluídos nas prescrições hospitalares(n=57); troca de classe terapêutica ou por outro medicamento da mesma classe(n=34); omissão medicamentosa quando pacientes utilizavam medicamentos trazidos de casa, sem que estes fossem acrescentados na prescrição hospitalar, impossibilitando a checagem diária da administração por parte da enfermagem(n=5); adição de medicamento não justificado pela situação clínica do paciente(n=28); duplicidade terapêutica por prescrição duplicada(n=5); falta de checagem e execução da administração de medicamento por parte da enfermagem(n=5). Não foi possível entrar em contato com os prescritores para discutir as discrepâncias encontradas. Com relação aos pacientes que apresentaram discrepâncias, está-se analisando os prontuários para verificar se há dados sobre a evolução clínica dos mesmos que possam indicar problemas advindos destas discrepâncias, bem como os medicamentos que foram prescritos na alta hospitalar.Conclusão: A reconciliação medicamentosa mostra-se importante para a garantia de um tratamento de excelência, visto que os erros de medicação podem prejudicar a saúde dos pacientes.

ISSN: 1807-5754