18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

As mudanças lexicais e sintáticas do inglês enquanto língua de origem germânica

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Língua inglesa, Linguística histórica, Ensino

Pensar sobre uma língua é também pensar na sua história. A compreensão das transformações de uma língua em seus diferentes estágios pode ajudar a explicar como e porque ela assim se constitui, podendo contribuir com as metodologias de ensino de língua no que concerne a aquisição linguística e comunicativa da língua alvo. Partindo desse pressuposto, o objetivo desta pesquisa foi demonstrar a importância dos estudos linguísticos históricos para o ensino da língua inglesa em sala de aula, em particular o impacto ao se considerar o inglês enquanto uma língua de origem germânica que passou por um longo processo de contato com outras línguas e culturas. Com base no grande corpus literário da língua inglesa, buscou-se averiguar, através das evoluções na sintaxe e no léxico documentadas em texto, os elementos que caracterizam e localizam o inglês dentro do grupo germânico, que inclui também o alemão, holandês e as línguas escandinavas. A metodologia empregada foi exploratória e bibliográfica, utilizando para a análise trechos selecionados de documentos e obras literárias disponíveis de cada período histórico, segundo Richard Hogg (1992), em que o inglês é linguisticamente dividido: antigo (séc. V-XI), médio (séc. XI-XV) e moderno (séc. XV- atualmente). A análise realizada permitiu o esclarecimento de questões tais como o padrão restrito de organização das palavras na sintaxe inglesa e o enorme vocabulário duplicado que a língua apresenta, bem como os principais adstratos e superstratos que impactaram o desenvolvimento do inglês, a bem dizer o adstrato nórdico e o superstrato francês e latino, estes dois últimos afetando fortemente o vocabulário de caráter mais erudito da língua, enquanto o vocabulário básico preserva sua origem germânica. A sintaxe, por outro lado, mostra ter sido afetada principalmente por transformações internas da língua, e pelo impacto do adstrato nórdico, mantendo também a estrutura nativa germânica. Concluiu-se que, para o ensino do inglês, estes são elementos que devem ser considerados tanto na formação do professor quanto no aprendizado do aluno, devendo estar claro para o professor o porquê das características que a morfologia e sintaxe inglesa apresentam, bem como a utilização de um vocabulário adequado à conversação cotidiana e natural, evitando a fala demasiada erudita com base no uso e ensino excessivo de vocábulos de origem latina.

ISSN: 1807-5754