O presente estudo consiste em uma análise da viabilidade econômica da implantação de um projeto de MDL, para a geração e comercialização de Créditos de Carbono, por meio da utilização do biogás gerado por resíduos sólidos urbanos, acumulados no Aterro Sanitário da cidade de Joinville localizada no norte do estado de Santa Catarina. O estudo expõe um histórico das ações ambientais tomadas em função da crescente preocupação no cenário mundial com o meio ambiente, oriundas principalmente da emissão crescente de GEE que afetam diretamente o Efeito Estufa, as medidas, metas e mecanismos firmadas no Protocolo de Kyoto, principal marco do tema que abrange toda a sociedade internacional, um levantamento histórico de preço e demanda do mercado de carbono, assim como projeções para os anos vindouros, e a importância dos conceitos e práticas de inovação para este contexto. O objetivo da análise foi quantificar via métodos da engenharia econômica o projeto para a instalação de queimadores tipo Flare que reduzem a emissão de metano, gás considerado 21 vezes mais poluente que o Carbono e sua consequente geração de créditos de Carbono através das reduções certificadas, e quantificar a redução de emissões passíveis a serem comercializadas caso fosse realizado o investimento, num periodo pré estipulado de 20 anos. Por meio da projeção e estimativa de fluxo de caixa, foi possível concluir que o sistema é viável economicamente visto que, apresentou uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 12,83%, considerando uma TMA (Taxa Mínima de Atratividade) de 7,25% a.a. o VPL (Valor Presente Líquido) apresentou valor de R$ 695.849,37 e o Payback Time calculado foi de 8 anos e 2 meses. Portanto a pesar de ser um projeto que pode variar de acordo com o as estimativas de reduções de emissão e dos valores de mercado e leilões de Créditos de Carbono, e apresentar um tempo de retorno de investimento longo, possui uma projeção econômico-financeira positiva porém, pouco atrativa. Recomenda-se que para a tomada de decisão seja considerado também fatores pouco tangíveis como o benefício ambiental, promoção e marketing ecológico do município e das empresas parceiras, como já ocorrido em outras regiões do Brasil.