18° Seminário de Iniciação Científica

De 21/10/2013 à 25/10/2013

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE COMPÓSITOS COM FIBRA DE PUPUNHEIRA VISANDO A CRIAÇÃO DE PRODUTOS

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fibras vegetais, compósitos poliméricos, projeto de produto

Compósitos poliméricos termofixos de resina poliéster com diferentes proporções de fibras vegetais extraídas de resíduos do corte de pupunheira da região de Joinville, são materiais desenvolvidos e caracterizados pelo Grupo de Pesquisa em Materiais Poliméricos da UNIVILLE, idealizando o desenvolvimento de novos produtos fundamentados pelo ecodesign, assim como a criação de uma proposta metodológica de sistematização para seleção desses materiais e seus processos de fabricação, visando contribuir no rápido acesso às informações para os designers quanto à aplicabilidade. Assim, este trabalho buscou avaliar o comportamento dos compósitos criados, os quais foram submetidos a ensaios de fabricação. Esses foram submetidos a ensaios de corte na serra de fita; perfuração com parafuso e com prego; polimento (desbaste) com lixadeira elétrica e testes de aderência aplicando aglutinantes como resina poliéster, cianoacrilato penteno de metila (CPM) e borrachas sintéticas com aditivos. Nos ensaios observou-se, para cada amostra, a resistência do material ao procedimento, a geração de trincas e rebarbas. Todos os corpos de Resina Poliéster reagiram bem ao corte de serra fita deixando um bom acabamento e sem trincas. Em todos os corpos lixados com lixa elétrica o resultado foi bom, a peça não foi danificada e não houve geração de rebarbas. Quanto aos testes de perfuração, o material se comportou mal na utilização do prego. Todos os corpos trincaram, caracterizando material frágil. Ainda com relação aos ensaios de perfuração, tanto com a broca quanto com a serra copo o material suportou, obtendo um bom acabamento, gerando pouquíssimas rebarbas. Lembrando que a força aplicada com ambos os instrumentos influencia no resultado, necessitando assim de cuidado no manejo. Nos ensaios de colagem com resina poliéster, os corpos de prova descolaram facilmente; no 2º procedimento com cianoacrilato penteno de metila os corpos de prova não descolaram e no 3º procedimento com borrachas sintéticas com aditivos, depois de várias tentativas, descolou sem quebrar a peça. Os resultados dos ensaios apontaram que ambos os compósitos testados aguentam aos processos de corte, perfuração com broca, polimento e aderência a colas, apresentando resistência e trincas somente nos ensaios de perfuração com prego. Assim foi possível avaliar a possibilidade da criação de um mobiliário de jantar utilizando o material do Grupo, que esta sendo desenvolvido com chapas de resina termofixa insaturada reforçada com fibra vegetal tramada 6%, com o detalhamento técnico de todas as partes que compõem o modelo e modelo descritivo.

ISSN: 1807-5754