A maioria dos acadêmicos matriculados nos cursos de graduação na atualidade pertence à denominada Geração Y. Seu perfil é diferenciado, se caracterizando pelo dinamismo, imediatismo, sendo uma geração de resultados de curto prazo, e não de processos. Os “Ys” buscam equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional, demonstrando habilidade de trabalhar em equipe e necessidade de constante interação com a tecnologia. Essa influência os torna extremamente conectados com as mídias e redes sociais, expressando muitas vezes resistência às aulas tradicionais, sendo que valorizam o conhecimento, mas trabalham com ele sob um novo paradigma. Muitas vezes, o descompasso entre as expectativas dos alunos e a atuação docente revela a necessidade dos professores refletirem sobre suas práticas, inovando formas de ensinar e aprender, assim como relacionar-se com seus acadêmicos. Nesse sentido a presente pesquisa apoiada numa abordagem metodológica quanti-qualitativa se propõe a analisar a percepção dos professores que atuam com os alunos da geração Y, nas da Microrregião do Alto Rio Negro, sobre as relações pedagógicas e metodologias de ensino, de modo a oferecer referenciais para subsidiar tomadas de decisão, alinhar estratégias pedagógicas e atuação das instituições de ensino superior. Os dados parciais obtidos expressam que para a maioria dos professores no que se refere ao processo de aprendizagem, os alunos se apropriam melhor do conhecimento quando sabem para que estão aprendendo e onde vão usar, preferindo como metodologia as aulas em que são solicitados a participar mais ativamente por meio de dinâmicas de grupo e atividades variadas, com ênfase para articulação entre teoria e prática. O contexto das aulas nem sempre está em consonância com esta perspectiva, apoiado em aulas eminentemente expositivas, muito centradas na figura do professor, num modelo didático conservador. Na percepção de 68% dos pesquisados o perfil dos professores com que mais os alunos se identificam envolve aqueles que conseguem disciplinar a turma e estabelecer um bom clima de aprendizagem, enquanto que para 25% os professores que revelam planejamento e cumprem os acordos didáticos são os mais valorizados. Como mencionado, os dados da pesquisa ainda estão em processo de coleta e consolidação, configurando elementos para orientar as práticas pedagógicas no ensino superior, além de otimizar formas de ensinar e aprender na universidade e facilitar as relações entre professores e alunos.