3° Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão - SIEPE

De 21/05/2007 à 25/05/2007

Mudanças temporais no uso do solo do entorno do porto de são francisco

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Porto de São Francisco, Uso do Solo, Sistema de Informação Geográfica

Iniciado oficialmente em 1912, o Porto de São Francisco possui grande papel no desenvolvimento do município de São Francisco do Sul e ocupação do espaço na ilha homônima. O presente trabalho teve como objetivo analisar as mudanças no uso do solo no entorno do porto em 63 anos, a partir de conjunto de aerofotos de sobrevôos de 1938 e 1956, em escala original de 1:30.000 e 1:25.000, respectivamente, além de imagem de satélite LANDSAT TM 5 fusionada bandas 3, 4 e 5, ano de 2000. Foi utilizado para o processamento e análise, o software de sistema de informação geográfica Arc INFO 9.1 para georeferencimento e retificação das aerofotos previamente digitalizadas em alta resolução (600 dpi). A área experimentada para o acompanhamento das mudanças da paisagem abrange a porção sul de um raio de 3 quilômetros, a partir de ponto central localizado na sede da administração do porto de São Francisco, aonde foram determinadas 5 classes de uso do solo : urbano, suburbano, uso rural vegetação nativa e vegetação costeira A obtenção das classes se deram por digitalização on screen, com o apoio de chaves de fotointerpretação baseadas em texturas e contrastes das aerofotos digitais. A imagem de satélite foi submetida a uma classificação supervisionada com o uso do programa Spring 3.6, onde se obtiveram as classes: água, urbano, suburbano, vegetação, manguezal, uso rural solo exposto. Os arquivos foram recortados com o uso da mascara da área de abrangência e convertidas em formato vetorial shape, onde tiveram as áreas das classes calculadas, e permitindo análise comparativa temporal do uso do espaço. Em 1938, a classe urbana representava cerca de 1% da área de estudo, mas ocupações de baixíssima densidade e arruamentos (classe suburbano) já representavam cerca de 30 %. Em 1957, a área urbana expande para 13% enquanto a classe ‘suburbano’ diminuía para 15%. Vale ressaltar, que não houve expansão da área urbana sobre as demais neste período. Em 2000, a área urbana sobrepõe-se as ocupações de baixíssima densidade, mas mantém sua proporção de cerca de 30 % com nos anos anteriores. A vegetação costeira vem sendo drasticamente suprimida, não chegando a representar 1% em 2000, sendo que chegava a 3% em 1938. De 1938 a 1957, a área de uso rural avançou significativamente sobre a vegetação de Floresta Ombrófila densa, que diminuía de 42% para 31% na área de estudo, enquanto em 2000, manteve-se em pouco menos de 30%.

ISSN: 1808-1665