3° Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão - SIEPE

De 21/05/2007 à 25/05/2007

Influência da radiação solar ultravioleta sobre o fitoplâncton da área da Baía da Babitonga

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: radiação solar ultravioleta, fitoplâncton, Baía da Babitonga

O objetivo deste projeto é o estudo dos efeitos da radiação solar ultravioleta (UV) e de poluentes antropogênicos sobre produtores primários da área da Baía da Babitonga, através do estudo da dinâmica do fitoplâncton. O monitoramento da UV foi realizado por um instrumento ELDONET de três canais. As alterações nos parâmetros de movimento do plâncton, em contato com toxinas, foram estudadas com o instrumento ECOTOX, que opera de forma não invasiva e através da análise de imagens em tempo real. A Baia da Babitonga sofre efeitos de poluição antropogênica de seis municípios eminentemente agrícolas e industriais que a cercam: Araquari, Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville e São Francisco do Sul. A este fato são somadas doses diárias significativas de radiação solar ultravioleta (UV), que influenciam a dinâmica dos produtores primários, como o fitoplâncton. Os organismos que compõem o plâncton vivem nas camadas superiores dos oceanos, onde buscam radiação solar suficiente para fotossíntese. Estes organismos podem ser severamente afetados por um intenso nível de UV. Análises realizadas em amostras destes organismos, coletados no interior na Baia, mostraram forte dependência da intensidade da UV. Os testes consistiram da verificação da migração vertical diurna, através de contagem de organismos existentes em uma coluna de água, inoculada com as amostras. O flagelo Euglena gracilis foi utilizado em um instrumento ECOTOX para a análise de amostras de águas coletadas junto á foz dos rios Cachoeira e Parati. Os resultados indicaram que, mesmo em baixas concentrações, já é percebido um percentual de inibição nos principais parâmetros fisiológicos do flagelo, como mobilidade, fototaxia, gravitaxia, velocidade e forma, o que significa que as amostras encontravam-se contaminadas por toxinas. Os resultados obtidos sugerem que as toxinas existentes na Baía da Babitonga, associadas aos índices da UV incidente, podem causar perdas substanciais na produção de biomassa, com conseqüências no equilíbrio ecológico, na produção de alimentos para seres humanos, na manutenção dos níveis de oxigênio na atmosfera e ao clima global.

Apoio / Parcerias: Friedrich-Alexander Universität (FAU) – Institut für Botanik und Pharmazeutische Biologie – Erlangen – Deutschland

ISSN: 1808-1665