1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Toxicidade dos gases de combustão de blendas de diesel e biodiesel absorvidas em água utilizando coluna de leito fixo

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: toxicidade, diesel, biodiesel

Na atual década, a crescente demanda energética proporciona pressões para o uso das reservas mundiais de petróleo como fonte de combustível, promovendo o esgotamento desse recurso natural e a poluição do meio ambiente associada à sua queima, sendo que, grande parte da energia consumida no planeta é proveniente da queima de combustíveis fósseis, especificamente o petróleo, o carvão e o gás natural. Uma das alternativas para a minimização dos impactos citados é o uso de biodiesel com combustível. No Brasil, já existe legislação específica da Agência Nacional de Petróleo que regulamente o uso de biodiesel como oxigenador do óleo de petróleo num percentual de 5%. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar toxicidade das emissões atmosféricas da queima de diesel B2 comercial, diesel S500 com 2% de biodiesel e diesel S10 com 2% de biodiesel. Para o desenvolvimento do estudo foi montado um sistema com uma coluna de absorção de leito fixo, acoplada a um motor estacionário de ciclo diesel de 4,2 CV. O motor foi operado por 5 minutos e após esse período foi iniciado o processo de absorção para a produção de amostras. Os gases de combustão foram direcionados para o interior da coluna que recebeu água deionizada em contracorrente para a absorção dos gases. Esse efluente líquido foi utilizado para teste de toxicidade com o microscrustáceo marinho Mysidopsis juniae, de acordo com as recomendações da norma técnica ABNT 15308:2011. Os resultados obtidos para a CL50(96h) foram de 0,74% de água de absorção (S10 + 2% de biodiesel), 0,30% de água de absorção (S500 + 2% de biodiesel) e 0,94% de água de absorção (diesel B2 comercial). De posse desses resultados é possível afirmar que a toxicidade foi B2 < S10 + 2% de biodiesel < S500 + 2% de biodiesel. Como o diesel S500 possui até 500 ppm de enxofre, comparativamente ao S10 que possui até 10 ppm de enxofre, pode-se dizer que a redução de enxofre, ocasiona uma redução na toxicidade. Também pode-se afirmar que o diesel B2 comercial apresenta menor toxicidade quando comparado às demais misturas. Em função desse combustível produzido em escala industrial por processos padronizados, sugere-se que apresente uma combustão mais eficiente, com menos geração de subprodutos tóxicos. Mais estudos com blendas de compostos oxigenados serão realizados para avaliar os efeitos tóxicos aos organismos estudados e como essas blendas podem auxiliar na redução da toxicidade.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille, Artigo 170, Branco Motores, Borrachas NSO, CNPq.

ISSN: 1808-1665