1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Relação da turbidez e pH na queima de S500, S10 e B2 com diferentes concentrações de metanol

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Turbidez, pH, Blendas de diesel

O desenvolvimento cada vez maior da área industrial e de transporte acarreta o uso de combustíveis fósseis, potenciais poluidores do meio ambiente. Uma alternativa para minimizar esses efeitos negativos é utilizar os combustíveis fósseis misturados a compostos oxigenados, que tendem a auxiliar o processo de combustão, diminuindo a emissão de gases nocivos. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação da turbidez e pH oriundas da combustão de blendas de diesel e metanol. Para realização dos testes foi utilizada uma coluna de absorção com leito fixo, com fluxo de água deionizada de 30 L/h. Um motor estacionário de ciclo diesel 4,2CV foi acoplado a essa coluna e teve sua rotação fixada em 3000 rpm. Nele foram queimados S500, S10 e B2 com concentrações de 0%, 0,5% e 1% metanol cada. Os gases de combustão foram encaminhados à coluna de absorção em fluxo contracorrente em relação à água. As amostras de água foram coletadas quatro minutos após o motor estar em funcionamento. Para a quantificação de turbidez e pH foram utilizados equipamentos de bancada. Esses indicadores foram selecionados para verificar variações no processo de combustão, sendo a turbidez uma indicação da produção de material particulado e o pH um indicativo da formação de precursores de chuva ácida. O procedimento foi executado em triplicata para todas as soluções de combustível. Para o S500 com 0%, 0,5% e 1% de metanol foram encontrados valores médios de pH de 3,26, 3,21 e 3,19 respectivamente; a turbidez média foi 80,6 NTU, 95,9 NTU e 139 NTU. O diesel S10 com 0%, 0,5% e 1% de metanol teve valores de pH 3,39; 3,52 e 3,52 respectivamente; e turbidez 86 NTU, 84,7 NTU e 92,2 NTU. Para o combustível B2 com 0%, 0,5% e 1% de metanol obteve-se valores de pH iguais a 3,56; 3,52 e 3,21, respectivamente; e turbidez de 80,7 NTU, 80,6 NTU e 91,0 NTU. A adição do metanol, fez com que ocorressem variações no resultado da combustão das blendas, aumentando o material particulado e reduzindo o pH. Esse efeito pode ter sido causado pela imiscibilidade do metanol no diesel, o que dificultou a combustão. Novos estudos com outros compostos oxigenados de maior cadeia carbônica são necessários para avaliar as variações nas emissões atmosféricas.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille, Artigo 170, CNPq, Branco motores, Borrachas NSO.

ISSN: 1808-1665