1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

DESENVOLVIMENTO DE FARINHA DE MEXILHÃO PARA CONSUMO HUMANO

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: mexilhão, farinha, secagem

Os mexilhões são ricos em vitaminas A, B1, B2, B12, C e sais minerais como cálcio, ferro, potássio, zinco, cobre, fósforo, magnésio e iodo. Sua carne é considerada magra por apresentar baixo teor de gordura (2,3%) e constituem uma excelente fonte de ácidos graxos ômega-3 e 6. No entanto , o mexilhão, assim como outros pescados, é um alimento muito perecível, devendo ser consumido logo em seguida da sua captura ou deve ser conservado. Os métodos de conservação são realizados logo após o cozimento e desconchamento, tendo como exemplo, o congelamento, a defumação e as conservas. Afim de propor novas alternativas de conservação, aliados ao desenvolvimento de novos produtos, surgiu a possibilidade de desenvolvimento de uma farinha de mexilhão Perna perna para consumo humano. Os mexilhões Perna perna foram coletados na área de cultivo de Iperoba na Baía da Babitonga, localizada na região litorânea do município de São Francisco do Sul no Estado de Santa Catarina. Após a limpeza, cozimento e desconchamento eles foram desidratados em estufa com circulação de ar a diferentes temperaturas: 60°C, 75ºC e 90 °C, sendo em seguida triturados em liquidificador industrial até a formação de farinha. Desta farinha foram analisados os aspectos físico-químicos, microbiológicos e nutricionais para cada condição de temperatura testada. Para cada 100g de marisco desconchado, em média, produziu-se 25g de farinha. Nas análises físico-químicas os teores de umidade, cinzas e pH encontrados para o marisco in natura foram de 73,06% , 1,45% e 7,26 respectivamente. Para a farinha seca à temperatura de 60ºC, obteve-se os valores médios de 13,65% de umidade, 6,38% de cinzas e pH 7,11. A farinha obtida a 75ºC possui em média 3,13% de umidade , 7,67% de cinzas e pH 6,89; Já para a farinha seca a 90ºC, os valores médios encontrados foram de 1,18% de umidade , 7,97% de cinzas e pH 6,87. Conforme o aumento de temperatura de secagem percebe-se a diminuição na concentração de umidade, um aumento na concentração de cinzas, e uma pequena diminuição no pH. Como os resultados obtidos são parciais a presente pesquisa continua em andamento, para que assim se possa determinar a melhor condição de secagem, com base nas análises fisico-químicas, nutricionais e microbiológicas e propor aplicações para farinha obtida.

ISSN: 1808-1665