1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Cultivo de Kluyveromyces marxianus em milhocina para produção de 2-feniletanol (2-FE)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: feniletanol, Kluyveromyces marxianus, milhocina

O feniletanol (2-FE) é um álcool superior aromático com aroma de rosas de grande interesse para a indústria farmacêutica e alimentícia, sendo o segundo álcool mais utilizado para a produção de perfumarias e cosméticos. Contribui fortemente na aromatização de vinhos, chás, cafés, pães, dentre outros produtos. Além da extração natural a partir de flores (rosas e jasmins), pode também ser sintetizado quimicamente a partir do tolueno, benzeno ou estireno (tóxicos ou carcinogênicos) – o que inviabiliza, neste caso sua utilização em alimentos. No entanto, todos estes processos são de baixo rendimento e elevado custo. Em face disso, uma alternativa vantajosa de obtenção do feniletanol é através da rota biológica de leveduras fermentativas como as do gênero Kluyveromyces que produzem este álcool durante seu próprio metabolismo. Afim de se obter maiores quantidades em menor custo, propoe-se avaliar o uso de subprodutos oriundos da manufatura agroindustrial, como a milhocina (resíduo proveniente da maceração do milho) bem como ampliar a escala de produção para biorreatores. A primeira parte do trabalho – realizada em shakers, teve como objetivo utilizar milhocina como um potencial nutriente, fonte de aminoácido, para produção de 2-feniletanol por linhagens distintas de Kluyveromyces. O estudo mostrou que as concentrações de milhocina avaliadas não foram significativas para a produção feniletanol e para o crescimento celular. A segunda parte teve como objetivo determinar o efeito de diferentes condições de aeração considerando que a oxigenação dos processos biotecnológicos costuma ser um fator limitante para ampliação de escala. Neste sentido, os ensaios foram conduzidos em biorreator, mantendo-se constante a agitação (200 min-1) com variação da aeração nos valores 0,5 vvm e 1,33 vvm e com ou sem pulso de glicose. Os resultados mostraram que a aeração igual a 1,33 vvm proporcionou a melhor condição para o crescimento celular, se comparado a 0,5 vvm. Ainda, a condição com pulso de glicose em 60h de cultivo, manteve o crescimento celular para além de 100h. Embora a aeração 0,5 vvm fosse suficiente apenas para garantir um pequeno crescimento celular, não favoreceu a via de produção do álcool superior. Não foi identificada a produção de feniletanol em nenhuma das condições avaliadas.

ISSN: 1808-1665