1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Emprego de diferentes micro-organismos na produção de etanol 2G utilizando como substrato o pseudocaule de bananeira

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biomassa, bioetanol, biocombustível

Uma das fontes alternativas de energia é o aproveitamento de resíduos agroindustriais na geração de energia empregando processos como a fermentação alcoólica. Esses resíduos são compostos por celulose e hemicelulose que necessitam de processos de sacarificação para torná-los acessíveis aos micro-organismos fermentadores. Este trabalho teve como principal objetivo avaliar a produção de bioetanol por diferentes espécies de micro-organismos. Todos os ensaios de fermentação foram conduzidos em frascos Erlenmeyers contendo 80 mL de meio de cultivo e 20 mL de inóculo. Foram avaliados quatro micro-organismos (Saccharomyces cerevisae ATCC 26603, Zymomonas mobilis ATCC 35001, Pichia stipitis ATCC 58376 e Pachysolen tannophilus ATCC 32691) empregando meio sintético contendo 100 g/L de glicose e selecionadas duas cepas (S. cerevisae e P. tannophilus) para posterior fermentação do mosto de pseudocaule de bananeira contendo 40 e 80 g/L de açúcares redutores totais (ART). O pseudocaule foi previamente seco e moído, pré-tratado com ácido sulfúrico (2% em massa, 120 °C por 15 min) e submetido à hidrólise enzimática empregando as enzimas comerciais Cellic CTec2 e HTec2 (pH 5,5 por 24 h). Nos ensaios com 100 g/L de glicose, os valores médios de rendimento (YP/ART) e produtividade (QP) obtidos na fermentação por S. cerevisae, Z. mobilis e P. tannophilus foram, 0,43±0,02 g/g e 1,44±0,29 g/L.h, respectivamente. P. stipitis apresentou valores menores, da ordem de 11,6% (0,38 g/g) e 59,7% (0,58±0,05 g/L.h). Ao utilizar hidrolisado de pseudocaule como substrato, verificou-se que os maiores valores de rendimento e produtividade com P. tannophilus (0,49±0,11 g/g e 0,97±0,14 g/L.h) foram alcançados com o emprego de 80 g/L de ART. Valor semelhante de YP/ART foi observado para S. cerevisae, entretanto em relação a QP o valor obtido com S. cerevisae (1,60±0,03 g/L.h) foi 65% maior. Até 24 h de fermentação, em todos os ensaios com 80 g/L de ART foi constatada a existência de açúcar residual (10 g/L para S. cerevisae e de até 22 g/L para P. tannophilus) indicando claramente a necessidade de maior tempo para o consumo total de ART. Dentro das condições experimentais avaliadas, S. cerevisae ATCC 26603 apresentou melhores resultados e é indicada para o processo com o emprego de um único micro-organismo. P. tannophilus passa a ser indicada para o caso do emprego de co-cultura, onde se deseja, além do consumo das hexoses, o consumo de eventuais pentoses presentes no meio provenientes da hidrólise da hemicelulose.

ISSN: 1808-1665