1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Membranas biocompósitas com celulose bacteriana tratadas a plasma para regeneração tecidual guiada

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: celulose bacteriana, regeneração tecidual guiada, PLLA

A doença periodontal se inicia pela inflamação gengival. Quando não tratada, esta pode progredir de modo que a inflamação afete os tecidos de suporte dental, que consiste num processo infeccioso. Técnicas regenerativas têm sido recomendadas para inibir o crescimento detes tecidos, principalmente o epitelial, que apresenta velocidade de crescimento maior que os tecidos conjuntivo e ósseo. A principal técnica desenvolvida para promover a regeneração periodontal é a regeneração tecidual guiada, na qual uma membrana de origem natural ou sintética é implantada entre a gengiva, a raiz dentária. Nesse sentido, torna-se bastante promissor o desenvolvimento de membranas constituídas por polímeros biorreabsorvíveis e biocompatíveis como é o caso poli(L–ácido láctico) (PLLA). Embora este poliéster apresente essas características, a alta hidrofobicidade e ausência de sítios de reconhecimento natural na superfície, os tornam substratos não ideais para adesão celular. Assim, a modificação da superfície desse polímero é altamente desejável. Portanto, o objetivo deste trabalho foi Obter e caracterizar membranas poliméricas biorreabsorvíveis tratadas e não tratadas com plasma e biocompósitos de polímeros biodegradáveis reforçados com celulose bacteriana (CB). A primeira etapa deste trabalho consiste em preparar as membranas de PLLA sem tratamento e tratadas com plasma, bem como membranas compósitas de PLLA/CB. Para obtenção das membranas o polímero foi dissolvido em clorofórmio, em agitador magnético por 24 h, para formar soluções 3 % (m/v). A solução foi vertida em placa de Petri e mantida em capela de exaustão de gases a temperatura ambiente por 48 h para secagem lenta do solvente, o filme foi seco em estufa a vácuo, a 30 °C por 24 h e armazenado em dessecador. Devido à hidrofobicidade do polímero, as membranas foram tratadas com plasma com objetivo de modificar a superfície e torná-las mais hidrofílicas. O sistema consiste de uma fonte de corrente contínua, sistema de vácuo (1,5x10-¹ torr). Para obtenção das membranas biocompósitas de PLLA/CB, as membranas hidratadas de CB foram previamente secas em estufa a vácuo a 40 ºC por 24 h. O PLLA foi dissolvido em clorofórmio 10 % (m/v) em Erlenmeyer com agitação por 24 h. A solução foi transferida para placas de Petri contendo as membranas CB secas. As membranas foram deixadas secar a temperatura ambiente por 48 h. A avaliação das propriedades pretendidas será realizada por meio das técnicas de adesão celular, medida de ângulo de contato, análise termogravimétrica, calorimetria exploratória diferencial, espectroscopia na região do infravermelho com transformada Fourier.

Apoio / Parcerias: GRUPO DE ENGENHARIA GENÔMICA E ENGENHARIA TECIADUAL(UFSC). GRUPO DE MATERIAIS POLIMÉRICOS (UNIVILLE). LIBECON - LIBERAÇÃO CONTROLADA DE AGENTES ATIVOS (UNIVILLE).

ISSN: 1808-1665