1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Avaliação microbiológica para a otimização do dimensionamento de estações de tratamento de efluentes

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: estação de tratamento de efluentes, dimensionamento, esgoto sanitário

Atualmente, a maior parte dos projetos para dimensionamento de Estações de Tratamento de Efluentes - ETE é realizado com base em parâmetros obtidos à partir da atual literatura que, em muitos casos baseia-se em dados que não condizem com as condições reais dos efluentes gerados. Sendo assim, há a necessidade de geração de novos dados experimentais para que seja possível realizar o dimensionamento das ETE’s de forma mais eficaz. Este projeto, vem sendo realizado em parceria entre empresa Ectas Saneamento S.A e a Universidade da Região de Joinville, com apoio do Instituto Euvaldo Lodi e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, objetivando o estudo dos parâmetros de monitoramento em Estações de Tratamento de Esgotos sanitários para otimização do dimensionamento e operação. Durante um período de 6 meses vem sendo realizado o monitoramento do bioprocesso de tratamento de efluentes sanitários em 3 Estações de Tratamento de Efluentes Sanitários da empresa Ectas, instalados e em operação em diferentes clientes. Estas foram designadas como ETE O, M2 e M3. As unidades operam em regime contínuo, no sistema de lodos ativados (VON SPERLING, 1997). Os seguintes parâmetros vem sendo monitorados, mensalmente, em cada uma das ETE’s: A TCO – Taxa de Consumo de Oxigênio (ANDREOTTOLA et al., 2005). A microscopia ótica com aumento de 400X (SAAR, 2011, JENKINS, 2003). Além destes, vem sendo avaliados com a mesma periodicidade o pH, a temperatura, o teor de oxigênio dissolvido, Demanda Química de Oxigênio, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Sólidos Sedimentáveis, Sólidos Dissolvidos Totais e Sólidos Suspensos Voláteis. Durante o período estudado, a eficiência de remoção de DBO para a ETE O tem-se mantido com uma média de 93,7 % e a DQO com uma média de 91%. Estes valores mostram que esta ETE encontra-se dentro dos parâmetros legais exigidos pela resolução federal CONAMA 430/2011. Todos os outros parâmetros estudados apontam para um sistema em correto funcionamento, sendo esta uma ETE convencional. As ETE’s M2 e M3, modelos compactos, vem apresentando valores próximos a zero quanto aos teores de sólidos, indicando que as condições projetadas não atendem aos requisitos mínimos para o desenvolvimento da microbiota típica de lodos ativados. Estas avaliações indicam que no dimensionamento de ETE’s compactas, um dos principais fatores para é o desenvolvimento de metodologias para estimular a formação de lodo biológico, bem como sistemas para a manutenção destes flocos biológicos, como o emprego de meios suporte.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665