1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À AVERSÃO E A PREFERÊNCIA PELA QUANTIDADE E VARIEDADE DE TEMPEROS NA COMIDA

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: aversão a alimentos, gastronomia darwiniana, hipótese antimicrobiana

A aversão é uma emoção universal, desencadeada por estímulos que aparentam algum risco de contaminação, evitando que entremos em contato com esse contaminante em potencial. Porém, nem todos respondem à aversão da mesma forma e há evidências na literatura de que as mulheres, em geral, são mais sensíveis à aversão, quando comparadas aos homens e, tanto em homens quanto em mulheres, a sensibilidade à aversão parece diminuir conforme a pessoa vai ficando mais velha . Recentemente, uma nova vertente da gastronomia, intitulada "Gastronomia Darwiniana" vem tentando estudar à luz da lógica evolucionista, a razão pela qual fazemos uso de alguns elementos durante a preparação do alimento. Um dos mais estudados é referente ao uso dos temperos. Para alguns autores os temperos podem apresentar propriedades antimicrobianas, sendo essenciais para reduzir a chance de nos contaminarmos ao ingerir algum tipo de alimento já assolado por algum micróbio. Nesta pesquisa foram selecionados um total de 178 participantes (50%, masculino e 50% feminino), todos eles universitários, acadêmicos dos cursos de graduação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. A pesquisa teve por objetivo investigar a relação entre a “Sensibilidade à aversão” e a quantidade, preferência, frequência e variedade de temperos aceitos na alimentação. Para tanto foram utilizadas uma “Escala de Sensibilidade a Aversão” e um questionário elaborado pelos autores sobre os tipos de temperos e a frequência de seus usos na alimentação. Através da análise estatística, realizada com o software MINITAB, as análises de variância, sobre as correlações entre a DS-R e quantidade de carne na dieta, preferência por temperos na comida, frequência de consumo de alimentos temperados e quantidade de temperos aceitos na comida não demonstraram valores estatisticamente significativos. Embora não tenha sido possível estabelecer uma correlação direta entre a aversão e a alimentação, os dados obtidos confirmam a hipótese anti-microbiana de Sherman & Billings (1999), bem como a amostragem feminina demonstrou ser mais sensível à aversão em comparação com a masculina, conforme descrito por Schuenle et al (2005) e Olatunji et al (2005).

ISSN: 1808-1665